Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br

Assim como outras tantas empresas, duas gigantes do setor automotivo, Bosch e Daimler, avançam rapidamente na pesquisa e desenvolvimento conjunto da condução totalmente autônoma — sem motoristas — em ambientes urbanos.

Esta semana as parceiras divulgaram que a Califórnia, nos Estados Unidos, será o palco dos testes da primeira frota dotada das tecnologias que permitirão, no futuro, a produção comercial de automóveis que dispensarão integralmente um motorista para os deslocamentos.

O cronograma indica que já no segundo semestre de 2019 estará disponível, por meio de aplicativo, serviço de transporte com veículos autônomos em rotas selecionadas na região do Vale do Silício, gerenciado pela Daimler Mobility Services.

“O projeto piloto demonstrará como serviços de mobilidade como o compartilhamento de veículos (Car2Go), transporte privado (myTaxi) e plataformas multimodais (Moovel) podem ser conectados de forma inteligente para moldar o futuro da mobilidade”, disseram as empresas em nota à imprensa.

A segurança da operação, afirma Michael Hafner, executivo responsável pela área de Condução Autônoma da Daimler, é o fator que norteará os testes e todo o desenvolvimento do sistema, que conta ainda com a a participação da norte-americana Nvidia, fornecedora de plataforma de inteligência artificial.

“A segurança é nossa maior prioridade, um tema constante em todos os estágios de desenvolvimento antes do início da produção em série. Em caso de dúvida, a precaução vem antes da velocidade”, afirmou.

Já Stephan Hönle, vice-presidente da unidade de negócios de Condução Autônoma da Bosch, diz que desenvolver a condução autônoma no patamar de produção em série é como competir em um decatlo:“Não basta ser bom em uma ou duas áreas. É preciso dominar todas as disciplinas. Só assim conseguiremos levar a condução autônoma para as cidades e estradas de forma segura”.

As empresas ponderam que para que a condução totalmente autônoma em  ambiente urbano se torne realidade é indispensável o reconhecimento confiável e integral dos entornos do veículo com o auxílio de vários sensores.

Analisar e interpretar a variedade de dados recebidos e traduzi-los em comandos de direção em um espaço de tempo muito curto requer enorme poder computacional.

“É preciso dominar todas as disciplinas. Só assim conseguiremos levar a condução autônoma para as cidades e estradas de forma segura”

Stephan Hönle, vice-presidente da Bosch

Para o seu sistema de condução autônoma, Bosch e Daimler contam com rede de controles constituída por diversas unidades individuais, que agrupa os dados de todos os sensores de radar, ultrassom, vídeo e tecnologias LiDAR, e os avalia em fração de milissegundos para planejar os movimentos do veículo.

Desde 2014 a Mercedes-Benz tem aprovação para testar veículos autônomos nas regiões de Sunnyvale, na Califórnia, e de Sindelfingen, Alemanha, desde 2016. A Bosch foi a primeira empresa sistemista automotiva a testar a condução autônoma em vias públicas na Alemanha e nos Estados Unidos, no início de 2013.


Fotos: Divulgação/Bosch

George Guimarães
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