Por George Guimarães | george@autoindustria.com.br

O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação apresentará nas próximas semanas estudo sobre as principais rotas rodoviárias utilizadas pela indústria automotiva brasileira. O trabalho técnico vem sendo desenvolvido desde o ano passado e objetiva ser um amplo diagnóstico das carências e oportunidades de melhorias da infraestrutura utilizada por toda cadeia automotiva, seja para o transporte de autopeças dos fornecedores às montadoras, distribuição dos veículos produzidos pelo País ou mesmo para encaminhamento de carros e componentes para a exportação.

“A ideia é ter parâmetros para definir as prioridades em função da utilização: se um corredor necessita de duplicação, estendido ou não, pedagiado ou apenas ter sua sinalização melhorada, por exemplo. Não adianta sair investindo em estradas por todo o País ou, muitas vezes, apenas atender interesses locais”, define Antonio Megale, presidente da Anfavea.

A entidade presidida por ele e que congrega os fabricantes de veículos foi uma das várias consultadas e que ofereceram dados e suporte aos técnicos para a confecção do capítulo da indústria automotiva dentro do trabalho batizado pela pasta governamental como “Corredores Logísticos Estratégicos”.

O ministério pretende elaborar levantamentos semelhantes para diversos segmentos da economia. Já foram divulgados dois deles no primeiro semestre do ano: o primeiro tratou da cadeia do milho e da soja e o segundo da de minério de ferro. Em todos os casos, porém, a preocupação é encontrar soluções para melhorar o fluxo de cargas e, consequentemente, reduzir custos dos transportes.

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“Discutimos muito com o governo para estabelecer quais os canais logísticos prioritários, quais as rotas que as montadoras mais utilizam, quais as mais importantes para as autopeças, para o agronegócio. As respostas foram cruzadas para a elaboração de um mapa que pode resultar em corredores de maior qualidade e, claro, em diminuição dos gastos nesses deslocamentos”, afirma Megale.

Custos logísticos elevados em decorrência da precariedade da infraestrutura de diversos modais de transportes sempre são apontados pela indústria como um dos principais limitadores da competitividade dos produtos brasileiros.


Foto: Pixabay

George Guimarães
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