A participação das vendas diretas no mercado brasileiro de veículos não para de subir. Em setembro elas atingiram 46,9% do total de automóveis e comerciais leves vendidos internamente, ou seja, quase a metade das transações no mês foram feitas para frotistas, produtores rurais, taxistas ou público PCD (pessoas com deficiência). Esse índice, que era de 33,5% em janeiro, foi subindo gradativamente ao longo do ano e a tendência, segundo fontes do varejo, é crescer ainda mais neste último trimestre.

Também verifica-se alta no comparativo com 2017. A fatia dos negócios fechados no atacado atingiu 42,1% nos primeiros nove meses deste ano, ante os 39,3% de idêntico período do ano passado. Em números absolutos, as vendas diretas tiveram crescimento de 21,1% em 2018, com total de 751,2 mil unidades comercializadas. Em contrapartida, as vendas do varejo expandiram-se em 7,8%, para 1 milhão 31 mil unidades.

Isso significa que a evolução média no mercado de automóveis e comerciais leves no acumulado do ano, de 13,1%, está sendo puxada principalmente pelas vendas diretas. A Fiat segue como a marca que maior participação tem nas vendas diretas, com índice no acumulado do ano de 19,3%. Na sequência vêm General Motors, com 17%, e Volkswagen, com 16,5%.

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Particularmente em setembro, de acordo com dados da Fenabrave, as três principais marcas do mercado tiveram índices de participação no total das vendas diretas bem próximos. A Fiat respondeu por 17,9%, seguida da VW com 17,7% e GM com 17,6%. Ou seja, as três juntas responderam no mês passado por 53% dos negócios realizados pelo setor no atacado.

Renault e Ford ocuparam a quarta e a quinta colocação nesse ranking em setembro, com respectivamente 10,9% e 10,7% de participação. Hyundai e Jeep vêm na sequência, ambas com fatia de 5,8%.

Em seu relatório mensal de vendas, a Fenabrave faz questão de destacar que as vendas diretas não abrangem exclusivamente grandes frotistas, dentre as quais estão as locadoras. Mas a entidade não discrimina qual a participação de cada segmento – produtores rurais, taxistas etc – no total do que chama vendas no atacado, ou seja, aquelas nas quais aparece na nota o CNPJ da montadora.

Pelo balanço da Abla, Associação Brasileiras das Locadoras de Automóveis, no entanto, é possível detectar a importância desse segmento nas vendas diretas das montadoras. A entidade divulgou na segunda-feira, 15, o levantamento relativo ao primeiro semestre do ano, que indica a compra de 242,7 mil unidades pelas locadoras que operam no Brasil.

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Isso significa que as locadoras responderam por 24,6% do mercado total de automóveis e comerciais leves, que no período atingiu 986.804 emplacamentos. Ou seja, o setor foi responsável por 1 em cada 4 veículos emplacados no primeiro semestre de 2018.


Foto: Divulgação/FCA

 

 

Alzira Rodrigues
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