O barulho feito pela Scania no pré-lançamento da sua nova geração de caminhões em agosto passado, quando parou a fábrica para votos de boa viagem aos inéditos veículos que iniciavam viagem promocional The Journey de três meses por países da América do Sul, proporcionou sinais prósperos. Em apenas dois dias de trabalho comercial com o lançamento oficial da linha, na segunda-feira, 29 de outubro, a marca já computa trezentos pedidos firmes para colocar em produção a partir de fevereiro.

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A Scania aposta alto no desempenho de mercado de seus novos caminhões. Também não por menos. A gama é resultado de um investimento de € 2 bilhões, o maior já feito pela companhia em produtos, e projeto que demandou dez anos de desenvolvimento para se tornar realidade em 2016, quando foi apresentado ao mundo em Paris, França.

Para colocar os veículos na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), a operação brasileira consolidou R$ 1,5 bilhão do total de R$ 2,6 bilhões anunciados para até 2020. O aporte impulsionou desenvolvimento de catorze novos fornecedores locais, adequou completamente as instalações fabris, incorporou uma inédita unidade de solda a laser, além subsidiar 10 mil horas de treinamento e mais 1 milhão de quilômetros de testes nas estradas do País.

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“Com a nova geração de caminhões, a Scania volta a estar inserida no sistema global de produção da companhia”, diz Christopher Podgorski, presidente e CEO da empresa para a América Latina, referindo-se ao fato de que nos últimos dois anos a operação brasileira foi a responsável pelo abastecimento aos mercados globais nos quais a marca ainda oferecia a geração anterior de caminhões, a chamada PGR.

Os novos produtos que passaram a ser oferecidos pela empesa, no entanto, não trazem somente o veículo como novidade e força no argumento das vendas. A Scania prefere definir a etapa que se inicia como uma jornada de mudança para um transporte sustentável. O produto em si, claro, faz parte do pacote, “viramos tudo do avesso”, diz Alexander Vlaskamp, vice-presidente de vendas globais da companhia, para ilustrar que os caminhões são completamente novos. Só de peças somam mais de seiscentas desenvolvidas especialmente para a linha.

Mas o que define como transporte sustentável passa não só pelo cuidado com o meio ambiente, como também pela eficiência do negócio como um todo, com redução de custos e aumento de receita. “Ser sustentável não é mais uma opção, mas uma questão de sobrevivência”, acredita Podgorski.

Na bandeira que passa a defender, a Scania traz junto com a nova geração posicionamento sob o ponto de vista do cliente ao passar oferecer não só veículos mais eficientes, como também gama de serviços para aperfeiçoar a gestão. Caminhão na Scania agora sai de fábrica de acordo com a aplicação do transporte de carga pela possibilidade de quinhentas opções de configurações a partir de dezenove combinações de cabines e cinco motores com preços de R$ 380 mil a R$ 580 mil, valores de 13% a 15% superiores à geração anterior.

Serviços – As cabines em cinco tamanhos, P, G, R, XT e a inédita S, combinadas com motores de 7, 9, 13 e V8 de 16 litros que geram potências de 220 cv a 620 cv formam as ferramentas de trabalho e fonte de informação para uma melhor gestão do negócio. Com a nova geração de caminhões, a Scania empacota ainda mais serviços baseado na conectividade.

Na oferta de pós-venda da marca, o transportador já podia se beneficiar de planos de manutenção com custos calculados a partir do uso e do consumo de combustível, ou seja, ao rodar menos, paga-se menos. Agora, a unidade de negócio introduz mais uma opção de serviço de gestão com o Fleet Care e, desta vez, o foco é a disponibilidade do caminhão.

O programa consegue identificar os momentos de indisponibilidade técnica do veículo para planejar suas paradas na oficina. O recurso, gerenciado um gestor dedicado na rede de concessionárias, mapeia a operação e monitora a saúde da frota gerando informações para organizar as horas certas das manutenções sem impactar de maneira negativa o negócio. “Não tem como a Scania intervir no fluxo do caixa do cliente, mas podemos contribuir que ele seja mais eficiente”, observa Gustavo Andrade, gerente de portfólio de serviços. “Não é só aumento no consumo de combustível que gera mais custo operacional, também eventuais quebras do veículo. O PMS Fleet Care surge para antecipar diagnósticos, seja por desgaste ou por má condução do veículo.”

Com o objetivo de proporcionar um transporte mais sustentável a Scania avança também na oferta alternativas mais amigáveis ao meio ambiente. Com o lançamento a empresa passou a oferecer caminhões movidos a gás natural, biometano ou a mistura deles em qualquer proporção em motores de 280, 340 ou 410 cv.  De acordo com a companhia, além de reduzir em até 90% a emissão de CO2, o combustível e mais barato que o diesel e oferece a mais eficiência energética de um motor convencional a diesel.

A aposta da montadora já tem inclusive cacife da Citrosuco, a primeira empresa a colocar em sua frota um caminhão movido a gás da Scania. O veículo entrará em operação a partir de dezembro em rota de Matão a Santos (SP) no transporte de suco de laranja.


Fotos: Scania/Divulgação

Décio Costa
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