Dos seis principais mercados externos atendidos pela indústria automobilística brasileira, apenas dois estão comprando mais este ano. As exportações para o Chile registraram alta de 28,3% até novembro, com total de 38,1 mil unidades ante as 29,7 mil dos primeiros onze meses de 2017, e as destinadas à Colômbia cresceram 25,1%, com, respectivamente, 23,9 mil e 19,1 mil unidades.

O principal mercado, a Argentina, reduziu suas compras em 16%, de 490 mil para 412 mil veículos. Mas o maior índice de queda foi o relativo ao México, que assim como a Argentina também enfrenta retração em suas vendas internas. Os embarques para lá despencaram 44%, baixando de 89,8 mil unidades embarcadas no período janeiro a novembro do ano passado para apenas 47,5 mil no mesmo intervalo deste ano.

Os dados, fornecidos pela Anfavea, também indicam quedas nos negócios com o Uruguai e Peru. No primeiro caso a retração é de 17%, com 23,9 mil unidades exportadas este ano ante as 28,8 mil, e no segundo verifica-se retração da ordem de quase 12% – respectivamente 13,5 mil e 15,3 mil unidades.

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Devido à representatividade da Argentina, que mesmo com vendas em queda ainda responde por 71% das exportações brasileiras, o peso da retração no país vizinho é maior do que o proveniente de outros mercados. Certo é que já em meados deste segundo semestre a indústria automobilística reviu sua meta de atingir novo recorde de vendas externas este ano.

O setor embarcou para o exterior de janeiro a novembro total de 597,4 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, 15,3% menos do que o volume registrado em igual período do ano passado. Novembro teve desempenho altamente negativo, com apenas 34,4 mil veículos exportados, 53% a menos do no mesmo mês de 2017.

Pelas novas projeções do presidente da Anfavea, Antonio Megale, o ano deve fechar com 650 mil unidades exportadas, ante meta inicial de chegar a 800 mil, o que representaria expansão em relação às 766 mil unidades alcançado no ano passado.


Foto: Pixabay

 

 

 

Alzira Rodrigues
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