Omercado de veículos usados iniciou este ano com desempenho similar ao de 2018. As vendas de veículos com mais de 4 anos de uso seguem positivas, enquanto a dos chamados seminovos, aqueles com até 3 anos, continuam em queda.

Segundo balanço divulgado pela Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, na segunda-feira, 4, o mercado de usados no total cresceu 1,6% em janeiro – 1.163.377 unidades contra as 1.145.183 do primeiro mês de 2018 – graças ao desempenho favorável dos modelos mais velhos.

A venda de veículos com mais de quatro anos de uso teve crescimento de 5,5% em janeiro – passando de 925 mil para 975,4 mil unidades no comparativo anual -, enquanto a dos seminovos caíram 14,6%, baixando de 220,2 mil para 187,9 mil unidade.

Esse desaquecimento no segmento de seminovos começou no ano passado, justamente quando o mercado de zero-quilômetro acelerava trajetória de alta. No auge da crise do mercado de carros novos, o dos modelos com até três anos de uso estava superaquecido. Já no ano passado o mercado de usados só não desepencou porque houve crescimento na venda dos veículos mais velhos.

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O segmento dos usados que apresenta melhor desempenho este  ano é o de modelos com 9 a 12 anos de uso. Nesse caso, a expansão foi de 13,3%, com as vendas em janeiro atingindo 233,6 mil unidades. O dos veículos com 4 a 8 anos cresceu 2,1%, com total de 473,9 mil unidades, e o dos com mais de 13 anos de uso teve alta de 5,1%, para 268 mil unidades no primeiro mês de 2019.

Segundo os dados divulgados pela Fenauto, que contempla veículos leves, pesados de motos, houve queda de 9,2% nas vendas totais de usados no comparativo de janeiro com dezembro, o que é considerado normal visto que o último mês de cada ano, historicamente, é sempre mais aquecido.

O presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, comentou os resultados de janeiro mostrando cautela com relação às projeções para o ano.

“Como ainda não temos resultados mais claros e objetivos das reformas e mudanças propostas pelo novo governo, e consequentemente dos índices de confiança dos consumidores na economia, mantemos um otimismo vigilante com relação ao desempenho do setor neste ano.”


 

Alzira Rodrigues
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