A Scania anunciou acordo de parceria com a prefeitura de Curitiba (PR) e a Viação Cidade Sorriso para testes com ônibus movido a gás ou biometano no sistema de transporte público municipal. O objeto de estudo será focado no chassi K280 6×2 encorroçado pela Marcopolo. A operação deverá começar ainda este mês e, também terá apoio da Compagas, Companhia Paranaense de Gás, no fornecimento de GNV (Gás Natural Veicular), e, posteriormente, de um centro de reciclagem de resíduos para produção de biometano.

Testes com ônibus da Scania a gás não são novidades. A empresa segue com um programa de demonstração em diversas regiões do País. São Paulo, por exemplo, já foi uma das cidades a receber uma unidade, mas de acordo com Silvio Munhoz, diretor comercial da fabricante, o empresariado local não mostrou tanta disposição para evoluir no uso de combustíveis alternativos, “mesmo com a comprovações das vantagens nos resultados”.

Desta vez, a cargo da Viação Cidade Sorriso, operadora responsável por 10% do transporte de passageiros na capital paranaense, promete levar os testes a níveis de desenvolvimento. Segundo Maurício Gulin, presidente da empresa de ônibus, o modelo atuará na região de Gramados, “por ser populoso, como também com muito aclives e declives”.

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Pelas contas da Scania, em comparação com um ônibus similar a diesel, o veículo a gás emite 85% menos gases poluentes se abastecido com biometano, 70% menos se movido a GNV, além de ser menos ruídos e proporcionar redução de até 28% no custo operacional por quilômetro rodado. “Fazer uma demonstração em Curitiba é muito emblemático para nós por se tratar de uma capital que valoriza as alternativas ao diesel. A população irá sentir uma grande diferença em comparação ao tradicional”, garante Munhoz.

No papel declarado de ser líder na transformação para um transporte sustentável, a Scania tem obtido sucesso com sua oferta de ônibus movidos a GNV/bimetano. Em recente licitação para renovação da frota do sistema BRT Transmilênio, de Bogotá, Colombia, a empresa ficou responsável por lote de 481 unidades, todas movidas a gás, o que representará 40% do total da frota do sistema.

Décio Costa
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