Desde que começou as vendas de sua nova geração de caminhões, em outubro do ano passado, com entregas a partir de fevereiro, a Scania contabilizou mais de oito mil unidades negociadas. Do total, 4,6 mil já foram emplacadas e o restante estão programadas para serem entregues até agosto.

“O que o mercado absorveu até agora e o que está para ser emplacado já ultrapassou os licenciamentos da Scania em todo o ano passado (8,6 mil unidades)”, lembra Silvio Munhoz, diretor comercial da fabricante no Brasil.

Diante do desempenho apurado até o momento, Munhoz estima em um crescimento de 20% nas vendas em 2019 nos mercados de semipesados e pesados, categorias nas quais a marca atua, alta que acompanha o mercado.

“O desafio é manter a participação, porque perdemos mercado em função da fábrica parada em janeiro para a introdução da nova geração e entregas somente a partir de fevereiro. Agora começa a subir.”

Munhoz avalia que embora vislumbre o crescimento no horizonte, há muitas oscilações no mercado. “Ao mesmo tempo que negocia com a montadora, o transportador espera o melhor momento de vender o usado, ou seja, enquanto não vende, não compra e a montadora fica com o pedido na mão.”

Depois, como conta Munhoz, o segmento de grãos praticamente parou no mês passado devido à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China que, naquele período, deixou de comprar do Brasil.”

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Munhoz atribui à crescente aceitação do transportador pela nova geração à eficiência que os veículos são capazes de proporcionar, com economia de combustível de até 12% em relação à geração anterior. A Tora Transportes, por exemplo, em fase de renovação de frota investiu em uma solução completa oferecida pela montadora, dos produtos aos serviços.

A transportadora de Contagem (MG) investiu R$ 70 milhões em 180 veículos, dos modelos R 450 6×2 e R 500 6×4, e em contratos de manutenção e serviços de conectividade. Do lote, 100 unidades já foram entregues, e o restante deve ser concluído até outubro.

“Dos testes iniciais que fizemos, com cinco caminhões e sem auxílio específico, conseguimos 5% de economia”, conta Pedro Estrugiaki, diretor de operações da Tora. “Agora, com o contrato de gestão compartilhada com a Scania, com acompanhamento em tempo real, estimamos uma redução nos custos operacionais de 13%, 10% em combustível e 3% em serviços.”

A Tora Transporte tem frota própria de 400 caminhões, 85% dele Scania. Mas também contrata em torno de 880 agregados, além de carreteiros autônomos, universo que computa mais de 2 mil placas diferente na operação. A empresa, que integra modais rodoviário e ferroviário, atua nos segmentos siderúrgicos, automotivo e de mineração.


Foto: Scania/Divulgação

Décio Costa
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