A indústria automobilística argentina terá em 2019 sua menor produção no últimos 14 anos. Com os 300,2 mil automóveis e comerciais leves fabricados de janeiro a novembro, o setor pode superar, no ano, apenas as 319,8 mil unidades registradas em 2005. É o terceiro ano consecutivo de queda.

O resultado passa muitíssimo longe de 2011, quando a produção argentina chegou a 831 mil unidades, recorde do setor que acaba de completar 60 anos. A queda sobre o ano passado também é expressiva: 32,7% a menos em relação às 446,2 mil unidades produzidas nos primeiros onze meses de 2018.

Nos 20 dias úteis de novembro, saíram das montadoras somente 27,1 mil veículos, 14,9% a menos em relação ao volume registrado em outubro e 26,4% abaixo da produção do mesmo mês do ano passado.

A maior parte, como vem ocorrendo nos últimos anos, seguiu para outros mercados. Só em novembro foram exportados 17,9 mil veículos. Ainda assim, até mesmo os embarques vêm perdendo força. Em onze meses, a Argentina exportou 205,3 mil unidades, queda de 16,7% sobre o ano anterior.

Isso porque o mercado interno argentino reptirá o fiasco da produção. Com as 22,9 mil unidades negociadas no mês passado, 30,8% abaixo do volume registrado em novembro de 2018, as vendas acumuladas de janeiro a novembro limitaram-se a 341,3 mil veículos, queda de 46,1%  sobre o ano anterior.

Será também um resultado digno de retrocesso de mais de uma década. Pior desempenho foi registrado pela última vez no longínquo 2005, quando foram entregues nas concessionárias 325 mil veículos.

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Sobre o difícil quadro da indústria e do mercado argentinos, Gabriel López, presidente da Adefa, a associação dos fabricantes de veículos, afirmou:

“É essencial estabilizar as variáveis da economia e, assim, eliminar a incerteza no mercado local, para que, além de uma potencial melhoria na demanda externa, permita-nos começar a registrar resultados positivos durante o próximo ano ”, afirmou López.


 

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