A Foton está em plena expansão de concessionárias no País. A marca chinesa, com operação industrial em Guaíba (RS), está sabendo aproveitar o patrimônio de representantes deixado pela Ford Caminhões. Negociações iniciadas desde o ano, já resultaram no acréscimo de 29 novos pontos à rede da fabricante, totalizando até agora 45 casas para vendas e serviços espalhadas em 15 estados. A meta é contar 60 revendas até o início de 2021.

As negociações e as transições de concessão têm a Abrafor, Associação Brasileira dos Distribuidores Ford Caminhões, como ponte. Afinal, com o fim da operação de caminhões no País, a companhia deixou uma rede responsável até então em atender clientes da terceira fabricante que mais vendia caminhões no País, chegando a ter de 12% a 15% das vendas totais do segmento.

“Trata-se de uma madura, capitalizada, focada no pós-venda e na satisfação dos clientes”, qualifica Ricardo Mendonça de Barros, diretor de desenvolvimento da rede Foton do Brasil. “Sabe trabalhar os produtos dos segmentos leves, médios, semipesados e pesados. Com certeza, isso fará com que a participação da Foton cresça no mercado.”

Mecânica semelhante

A similaridade dos produtos também é outra vantagem identificada pela Foton ao aproveitar a oportunidade de aumentar a rede com o que era da Ford Caminhões. “Os veículos Foton possuem motores Cummins, usuais nos veículos da Ford, além de transmissões ZF, de conhecimento e uso abrangente no mercado nacional”, conta Eustáquio Sirolli, diretor de desenvolvimento de produto. “Os equipamentos de diagnóstico servem a ambas as marcas, resultando em sinergia na área de serviços.”

Com novas representações, maior capilaridade e outras negociações em andamento, a Foton enxerga perspectivas mais promissoras para o desempenho da marca no País. “Além de salto em vendas, com uma rede mais robusta, vamos acelerar também o desenvolvimento de novos produtos, escolhidos juntamente com a rede para trabalharmos cada vez mais em sinergia”, conta Mendonça de Barros.

Volume de vendas baixo

Resiliente, a Foton luta para se consolidar no País desde que chegou por aqui em 2010, representada pela Foton Aumark do Brasil. Sequência de crises econômicas, no entanto, postergaram construção de fábrica própria, ainda hoje em andamento, e planos de crescimento. Mas recentemente, a matriz chinesa passou a participar na operação brasileira, criando a Foton Motors do Brasil e, assim, mais poder de investimento.

Por enquanto, a empresa produz os caminhões nas instalações da Gefco, vizinhas do terreno onde será erguida a futura fábrica da companhia, prevista para estar pronta entre 2024 e 2025. Até lá, a briga se desenrola no mercado para sair dos baixos volumes que ainda registra. No ano passado, de acordo com os números de emplacamentos consolidados pela Fenabrave, a Foton vendeu apenas oito unidades.

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Foto: Foton/Divulgação

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