O mês de maio apresentou números ligeiramente melhores do que os de abril, mas o mercado de veículos segue com desempenho pífio no comparativo com 2019. Foram licenciadas 62,2 mil unidades em maio, com alta próxima de 12% em relação às 55,7 mil do mês anterior. Considerando, no entanto, os 245.466 emplacamentos do quinto mês do ano passado, a queda é próxima de 75%, o que deixa claro que o varejo continua sendo fortemente afetado pela pandemia da Covid-19.

Com praticamente metade das lojas ainda fechadas no País, o movimento segue extremamente fraco mesmo nas concessionárias que já reabriram suas portas, segundo informam fontes ligadas à rede de distribuição. O crédito está mais difícil e há uma retração natural do consumidor em função da insegurança existente hoje com relação aos rumos da economia e, principalmente, do medo de perder o emprego. Também o mercado de usados foi afetado, o que acaba derrubando preços e, em consequência, dificultado a troca por um 0 km.

No segmento de automóveis e comerciais leves, as vendas em maio limitaram-se a 56,6 mil unidades. É um volume 10,2% superior ao de abril, mas quase 76% abaixo do registrado no mesmo mês de 2019, quando foram emplacadas 151.362 unidades.

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De acordo com um concessionário, houve significativa queda das vendas diretas no mês passado. O índice de participação desse tipo de negócio, que ficou acima de 50% em abril, baixou para algo próximo de 15%. Isso significa que o varejo teve um desempenho superior ao da média do mercado no comparativo de maio com o mês anterior, mas mesmo assim com um volume muito aquém do que se esperava antes da pandemia.

A Fenabrave promete para esta terça-feira, 2, a divulgação do balanço de maio, com os números relativos às marcas e modelos mais vendidos no País. No início do mês passado, quando divulgou o desempenho de abril, o presidente da entidade, Alarico Assumpção Jr., já adiantava que independentemente da flexibilização das medidas de isolamento social, a retomada do mercado será gradual. A estimativa de executivos do setor é que 2020 feche com queda próxima a 40% no comparativo com o ano passado.


Foto: Divulgação/Fiat

Alzira Rodrigues
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