Apesar da reação positiva em julho sobre junho, a indústria de autopeças segue com números negativos no ano em função da pandemia da Covid-19, que afetou tanto os negócios internos como os destinados para outros países. As exportações recuaram 34,1% no acumulado até julho, baixando de US$ 4,3 bilhões nos primeiros sete meses de 2019 para US$ 2,8 bilhões no mesmo período de 2020.

As importações tiveram queda um pouco menor, de 28,2%, passando de US$ 6,7 bilhões para US$ 4,8 bilhões em idêntico comparativo. Em consequência desses resultados, o déficit comercial das autopeças recuou 17,4% no acumulado do ano, de  US$ 2,39 bilhões para US$ 1,97 bilhões.

Comparando-se os desempenhos de julho sobre junho, houve altas de 13,6% nas exportações e de 60,9% nas importações, que atingiram, respectivamente,  US$ 388,9 milhões e US$ 750,9 milhões. Em relação a julho de 2019, no entanto, verifica-se quedas de 36,8% e 27,1%. No sétimo mês do ano passado foram exportados US$ 615 milhões e importados US$ 1,03 bilhão.

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Ao contrário de antes, que os relatórios mensais de comércio exterior divulgados pelo Sindipeças sempre eram acompanhados de análises sobre o comportamento de cada segmento, este mês a entidade apenas revelou a tabela com os números referentes a esses negócios.

Houve queda nas exportações para os três principais compradores de autopeças brasileiras. No caso dos Estados Unidos o recuo foi de 39,8%, de US$ 926,5 milhões para US$ 55,3 milhões no comparativo de janeiro a julho de 2019 com o mesmo período deste ano. A queda chegou a 37,6% nas vendas para a Argentina, que baixaram de US$ 885,5 milhões para US$ 552,3 milhões, e de 35,1% para o México, de US$ 551,5 milhões para US$ 358,2 milhões.

Em relação às importações, China, Alemanha e Estados Unidos reduziram suas compras de autopeças brasileiras no acumulado do ano em, respectivamente, 11,3%, 40,5 e 21%. As importações para esses três países atingiram, na sequência, US$ 882,8 milhões, US$ 524,6 milhões e US$ 522,1 milhões.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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