Enquanto no Brasil os consumidores ainda aguardam a concretização da promessa feita em março de 2019 por Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America, de lançar seus primeiros modelos híbridos aqui até 2023 — um deles a quarta geração do Fit, já à venda há  um ano na Ásia —, no Japão a montadora dá passos tecnológicos bem mais largos.

Nesta quarta-feira, 11, a Honda anunciou que será a primeira montadora do mundo a produzir e vender um veículo autônomo de nível 3 em grande volume. E rapidamente! Até o fim de março de 2021.

O modelo dotado de sistemas que permitirão aos motoristas deixarem o veículo navegar sozinhos é o sedã de luxo Legend.

Mas para colocar um carro autônomo nível 3, de fato, nas ruas e estradas, a Honda acaba de receber do governo japonês certificação de segurança para sua tecnologia de direção autônoma “Traffic Jam Pilot”.

O aval governamental é necessário para que, legalmente, os motoristas possam tirar os olhos das vias expressas, ainda que apenas em situações de tráfego lento ou congestinamento.

De qualquer forma, um veículo nível 3 vendido em massa é um passo importante da indústria automobilística rumo ao carro totalmente autônomo. conhecido como nível 5, e que dispensará volante ou mesmo pedais de freio e aceleração. Todos os ocupantes serão meramente passageiros, sem qualquer poder de intervenção na condução.

Veículos autônomos de nível 2, que controlam sua própria velocidade e direção, mas que devem ter um motorista capaz de assumir o controle a qualquer momento, já são ofertados por várias marcas em diversos países.honda legend autonomo 3

No Brasil, por exemplo, a própria Honda já vende carros como a 10ª geração do Accord, que desde 2018 conta, de série, com tecnologias de assistência ao condutor.

O pacote tecnológico disponível no sedã e batizado de Honda Sensing inclui controle de velocidade adaptativo, sistema de frenagem para mitigação de colisão, de assistência de manutenção em faixa de rolagem e de mitigação de evasão de pista.

Uma câmera instalada na parte superior do para-brisas e um radar, na grade dianteira, identificam conjuntamente objetos, obstáculos e situações que, em determinadas condições, requerem a atuação desses sistemas para evitar ou reduzir a gravidade de uma colisão.


Foto: Divulgação

George Guimarães
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