Ao confirmar que 5 mil funcionários serão impactados no Brasil e na Argentina pela sua decisão de encerrar a produção de veículos em Camaçari, BA, e Taubaté, SP, a Ford informou que “continuará facilitando alternativas possíveis e razoáveis para partes interessadas na aquisição das instalações produtivas disponíveis no País”.

Esse comunicado, que complementa o anúncio oficial da sua decisão de não mais ter operações produtivas no Brasil, deixa claro que não há qualquer intenção da empresa de ceder à pressão dos trabalhdores e reverter a medida anunciada na segunda-feira, 11.

Quando fechou a fábrica do Taboão, em São Bernardo do Campo, SP, em outubro de 2019, as negociações para a venda  chegaram a contar com a intermediação do Governo de São Paulo, mas o negócio acabou levando 1 ano para ser concretizado.

Houve interesse por parte de empresas do setor automotivo, como o Grupo Caoa, que tem parceria com a coreana Hyundai e a chinesa Chery, mas ao final a fábrica do ABC foi vendida, em outubro de 2020, para a Construtora São José, especializada em empreendimentos logísticos, e a FRAM Capital, empresa de gestão de recursos.

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O valor da transação não foi oficialmente divulgado, mas a Prefeitura de São Bernardo do Campo chegou a informar, antes da sua conclusão, que estaria na faixa de R$ 550 milhões. Assim como aconteceu naquela ocasião, a Ford também não revelou agora maiores detalhes sobre as condições para a venda das fábricas de Camaçari e Taubaté.


Foto: Divulgação/Ford

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