As vendas de veículos importados pelas associadas da Abeifa encerraram o ano passado em queda 20,7% com 27,2 mil unidades licenciadas contra 34,6 mil negociadas em 2019, exercício no qual os importadores já haviam registrado um recuo de 8%.

Para a direção da Abeifa, além do impacto da pandemia da covid-19, o ambiente de negócio para o importador foi ainda mais prejudicado pela intensa desvalorização do real em 2020, em torno de 40% em relação ao dólar.

“Foi um ano muito difícil e ainda que tenhamos uma perspectiva de melhoria em 2021, a situação cambial deverá seguir como vemos hoje e influenciará no negócio de maneira marginal”, avaliou João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa, durante apresentação do balanço de 2020, na quinta-feira, 14.

Como medida para minimizar as perdas e retomar os volumes de vendas, a associação solicita junto ao governo redução da alíquota do imposto de importação dos atuais 35% para 20%. “É importante para nos dar fôlego para manter as operações, nem que seja feita de maneira gradual. Reivindicamos apenas isonomia de tratamento.”

Resultados menos desfavoráveis obtiveram as associadas da Abeifa com operações industriais no País – BMW, Caoa Chery, Jaguar Land Rover e Suzuki. No ano passado, os licenciamentos dos veículos de produção na nacional das marcas somaram 31,6 mil unidades, volume 4,4% inferior ao contabilizado em 2019, de 33 mil automóveis.

Com os importados e os produtos produzidos aqui, as 15 associadas da Abeifa entregaram ao mercado nacional pouco mais de 59 mil unidades no ano passado, baixa de 12,7% na comparação com as vendas de um ano antes, quando somou 67,6 mil veículos. “Apesar da queda, o resultado se mostrou menos impactado do que o total do mercado e automóveis e comerciais leves, que apresentou redução de 26%.”

Perspectivas – Para 2021, com a vacinação contra a covid-19 no horizonte, a Abeifa enxerga tendência de melhorias no ambiente de negócios. Pelas projeções iniciais, a associação estima alta de 15% nos emplacamentos das associadas, para algo em torno de 68 mil unidades que, se concretizado, recuperaria o volume de 2019.

Somente para os importados, a perspectiva é crescer por volta de 9%, para vendas ao redor de 30 mil veículos. Já os licenciamentos dos veículos de produção nacional das associadas, a entidade espera alta de 20%, em torno de 38 mil automóveis.

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Foto: Abeifa/Divulgação

Décio Costa
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