Os primeiros 20 dias de junho reafirmaram as dificuldades enfrentadas pelo mercado brasileiro com a paralisação das linhas de montagem de várias montadoras por falta de componentes e consequente redução da oferta de veículos nas revendas.

Foram emplacados no período 97,2 mil automóveis e comerciais leves, queda de 14% com relação aos primeiros dois terços de maio, quando mais de 113 mil veículos chegaram às ruas.

Das dez marcas mais vendidas no mês, oito registraram quedas. As exceções foram Nissan (+3%) e Caoa Chery (+4,5 %), respectivamente nona e décima colocadas, com 3,4 mil e 1,8 mil emplacamentos, nesta ordem.

A General Motors é, de longe, a montadora que mais tem sofrido com a paralisação de suas linhas nos últimos meses. Em junho, aparece na modesta sexta colocação, posição inédita ao longo de um século no Brasil. Seus 6,5 mil emplacamentos representam recuo de 40% na comparação com maio.

No acumulado do ano até 20 de junho, a GM vendeu 120 mil veículos, 5% a menos do que em igual período de 2020, enquanto o mercado avançou 30%. A Fiat, por exemplo, vendeu 99% (203 mil) a mais e a Volkswagen (157 mil), cresceu quase 38%.

A marca italiana pertencente à  Stellantis, mais uma vez, manteve a liderança tranquila em junho, com 23,8 mil unidades negociadas, queda de 10%. A Volkswagen seguiu na segunda colocação mesmo com suas vendas recuando 23%, para 14,5 mil unidades, um claro reflexo já das recentes interrupões de sua produção.

Hyundai e Toyota ficaram imediatamente atrás, com cerca de 9,8 mil veículos negociados e quedas, respectivamente, de mais de 11% e 0,3%.

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Foto: Divulgação

George Guimarães
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