Ademanda existe, tanto é que vários modelos têm fila de espera hoje na rede de concessionárias. Mas as montadoras não estão conseguindo suprir o mercado adequadamente por causa da falta de semicondutores e outros componentes, que tem paralisado linhas e suspendidos turnos no setor.

Segundo fontes do varejo, com base em números do Renavan, houve 170,4 mil emplacamentos de automóveis e comerciais leves no mês passado, ante cerca de 175,5  mil em maio, uma queda na faixa de 3%. O índice é até pequeno, mas maio já tinha sido afetado pela escassez de produtos, assim como os meses anteriores. No final do ano passado a indústria superou a casa dos 200 mil veículos em vendas, patamar que já teria sido retomado se houvesse normalidade no setor.

O balanço é positivo no acumulado do semestre porque no ano passado a indústria praticamente parou em abril, maio e parte de junho devido às medidas de isolamento social impostas pela chegada da Covid-19 no País. oram comercializadas 1.011.266 unidades nos primeiros seis meses do ano, ante os 763,3 mil do mesmo período de 2020, o equivalente a uma expansão de 32,4%.

O crescimento é ainda mais expressivo no comparativo de junho deste ano contra junho de 2020, quando foram vendidos apenas 122,7 mil veículos leves. Nesse caso a alta supera 38%.

O presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, vai divulgar os dados oficiais do setor na sexta-feira, 2, incluindo também os dados relativos aos caminhões e ônibus, implementos e motocicletas. Uma das redes que tem sido mais prejudicada é Chevrolet, que não tem recebido seu principal produto, a nova geração do Onix, por causa da suspensão da produção em Gravataí, RS, por pelo menos 134 dias – de 5 de abril a 16 de agosto.

Mas outras marcas também estão enfrentando problemas, como a Volkswagen que suspendeu atividades em todas as suas fábricas nos últimos dez dias de junho, não descartando novas paradas neste mês. A Hyundai está operando em apenas 1 turno e não vai mais retomar os outros dois agora em junho conforme havia programado anteriormente.

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A Stellantis, que reúne Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram, é a que menos vem tendo problemas decorrentes da falta de semicondutores, tanto é que encerrou o trimestre com participação acima de 31%, com a marca italiana reforçando a liderança que conquistou este ano com boa margem de vantagem sobre a Volkswagen e GM.


Foto: Divulgação/Volvo Cars

Alzira Rodrigues
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