Líder no mercado brasileiro de 2016 e 2020, a General Motors vê suas vendas e participação despencarem em 2021. No primeiro semestre, ficou somente na terceira coloçação, bem atrás de Fiat e Volkswagen. Os 124,6 mil veículos que negociou representaram 12,4% das vendas totais de automóveis e comerciais leves, 5 pontos porcentuais a menos do que deteve em igual período do ano passado.

Contudo, a montadora, sem dúvida a que tem tido as maiores dificuldades de abastecimento de componentes no País, quer trazer um ambiente bem mais animador para seus concessionários e negócios nos próximos meses. E nada conta mais para isso do que um novo produto nos showrooms.

Pois a GM não terá uma, várias novidades nos próximos meses. Após anunciar, em maio, uma nova Montana fabricada em São Caetano do Sul, SP, e ainda sem data de lançamento, a empresa confirmou nesta quarta-feira, 21, outras quatro  novidades que chegarão às ruas até o fim deste ano.

“A Chevrolet está preparando uma grande ofensiva no segundo semestre, que inclui novidades nos mais estratégicos e promissores segmentos do mercado. Vamos ter uma novidade por mês a partir de setembro”, afirmou em nota Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.

Os novos veículos serão anunciados individualmente em um websérie que começará na próxima semana. Segundo a GM, os lançamentos “vão inovar também ao incorporar tecnologias inéditas para a marca”.

Pela foto enviada pela própria empresa, entretanto, dá para perceber que se tratam de atualizações ou novas versões de modelos já existentes: Equinox, S10, Bolt e Cruze.

Não deixam de ser, ainda assim, uma boa notícia para a marca, que tem encontrado muitos entraves para regularizar o fornecimento de componentes. Sobretudo para o Onix, o veículo mais vendido no Brasil nos últimos anos e que desde abril não é fabricado.

Mas a hegemonia dos carros e da Chevrolet já estava fortemente ameaçada desde 2020. Se a General Motors encerrou o ano passado na liderança mais uma vez, com 338,5 mil emplacamentos e 17,4% do mercado, a vice-líder Volkswagen e a Fiat, terceira colocada, ficaram muito perto desse índice.

A diferença de participação entre as três foi inferior a 1 ponto porcentual. A Volkswagen vendeu 327,7  mil automóveis e comerciais leves, fatia de 16,8%, enquanto a Fiat comercializou 321,8 mil, equivalentes a 16,5% das vendas totais.

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Mesmo com o bem sucedido lançamento do SUV Tracker, a GM dependia — e ainda depende muito — de Onix e Onix Sedan. Os dois modelos responderam por 72% dos emplacamentos da Chevrolet no ano passado. Sem a produção deles, a montadora descobriu o perigo que significa colocar a maioria dos ovos numa mesma cesta.

As novidades a caminho são uma válida tentativa de diminuir a “onixdependência” e recolocar a marca pelo mesmo no mesmo ritmo de recuperação do mercado, que cresceu  32% no primeiro semestre, enquanto as vendas da Chevrolet encolheram  perto de 7%.


Foto: Divulgação

 

George Guimarães
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