Além de registrar crescimento de 29,3% em relação aos primeiros nove meses ano passado, a indústria de motocicletas superou em 7,2 o volume produzido no mesmo período de 2019, ultrapassando, assim, volume registrado antes a pandemia.

Saíram das linhas de montagem das fabricantes de Manaus, AM, total de 896.558 unidades de janeiro a setembro, ante as 693.541 fabricadas no mesmo período de 2020 e as 836.450 do mesmo intervalo do ano anterior. Marcos Fermanian, presidente da entidade, avalia que os números comprovam a recuperação do setor e corroboram projeção de fechar 2021 com produção de 1.220.000 motos.

“As associadas estão acelerando o seu ritmo de produção para atender a demanda. Além disso, mantêm a programação de lançamentos para ampliar a oferta de produtos e atender às exigências do consumidor”, afirma o executivo, dizendo que a crise econômica até chega a favorecer as vendas do varejo.  “A alta nos preços do combustível tem levado muitas pessoas a adquirir uma motocicleta por ser uma opção mais barata e econômica”, destaca.

Sem contar, lembra Fermanian, que o veículo duas rodas é uma alternativa de deslocamento seguro para evitar a agloormeração do transporte público e fonte de renda para aqueles que passaram atuar nos serviços de entrega, “um set que já vinha crescendo e ganhou impulso ainda maior durante a pandemia”.

A produção em setembro chegou a 108.948 motocicletas, retração de 11,9% em relação ao volume de agosto (123.722 motocicletas), mas crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado (105.046).

De acordo com Fermanian, as oscilações pontuais na produção são esperadas e não afetam o compromisso das fabricantes em manter o ritmo acelerado de produção: “No momento todas as associadas operam normalmente. A produção de motos é verticalizada e a maioria das peças foi nacionalizada, o que reduz nossa dependência de fornecedores externos. Com isso, nosso setor não é tão impactado pela falta de insumos como acontece com outros segmentos automotivos”.

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O mercado brasileiro de motos absoveu total de 840.971 unidades de janeiro a setembro, alta de 33,3% em relação ao mesmo período de 2020 (630.859 unidades). O principal destaque no período foi a Scooter, com 80.815 unidades emplacadas, o que corresponde a um crescimento de 54,3% na comparação com o mesmo período de 2020 (52.380 unidades).

“Devido à facilidade para pilotar, a Scooter caiu no gosto das pessoas e se tornou uma solução para deslocamentos nas grandes cidades”, afirma Fermanian. Já em números absolutos, a Street foi a categoria que registrou o maior volume de licenciamentos, com 408.963 unidades e 48,6% de participação do mercado.

O setor também tem desempenho positivo nas exportações. No acumulado dos nove meses, foram embarcadas 42.765 motocicletas, expansão de 79,8% em relação mesmo período do ano passado (23.779 unidades).

Segundo levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais mercados foram a Argentina (12.183 unidades e 28,4% do volume total exportado), a Colômbia (9.785 motocicletas e 22,8%) e os Estados Unidos (9.387 unidades e 21,9%).

“O aumento de negócios com o mercado externo é um reflexo direto da recuperação econômica dos países da América do Sul, após um período de crise e da fase mais aguda da crise sanitária provocada pelo coronavírus”, complementa o presidente da Abraciclo.


Foto: Divulgação/BMW

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