As vendas de caminhões em outubro registraram queda de 4,1% com quase 11,1 mil unidades emplacadas ante 11,5 mil anotadas em setembro. Embora tenha sido o segundo mês consecutivo de baixa, de acordo com a Fenabrave, o desempenho negativo resulta de um dia útil a menos nas atividades dos Detrans, além do gargalo provocado pela falta de componentes que limita a capacidade das fabricantes.
“O mercado de caminhões se mantém positivo e os emplacamentos vão seguindo a capacidade de entrega das montadoras”, avalia Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, em balanço das vendas apresentado na quinta-feira, 4. “Alguns modelos, especialmente de extrapesados, já estão previsão de entrega para o fim do primeiro semestre de 2022. Na média, as entregas estão sendo agendadas para um prazo de 90 a 120 dias.”
Os confrontos com os emplacamentos do ano passado corroboram a análise do dirigente. Em relação a outubro de 2020, quando o mercado absorveu 7,9 mil caminhões, a alta foi superior a 39%. No acumulado dos dez meses, as vendas somaram mais de 104,8 mil unidades, volume 48,6% superior ao de um ano antes, de 70,5 mil.
Ao se observar o desempenho mês a mês, mais um indício de que o transportador segue comprador. Desde maio, as vendas de caminhões anotaram patamares acima de 11 mil unidades, exceção em agosto, quando superou as 12,6 mil.
Outro termômetro que sinaliza mercado aquecido se apresenta nas vendas de implementos rodoviários. Em outubro, os 6,9 mil reboques e semirreboque emplacados representaram alta de 2,8% sobre as 6,7 mil unidades vendidas no mesmo período do ano passado. Com isso, os licenciamentos do segmento até outubro somaram 75,2 mil veículos, um crescimento de 40,3% relação há um ano.
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Foto: Scania/Divulgação
