Os registros de venda de veículos tornaram-se confiáveis depois que o Renavan passou a registrar os licenciamentos em todo o Brasil, ao contrário do que ocorria historicamente, quando os números de venda eram fornecidos pelas próprias montadoras e comumente a soma passava dos 100%.

Fazer o balanço mensal, nos anos 1980, era uma tarefa exaustiva, levada acabo por jornalistas especializados que faziam uma espécie de “consórcio de imprensa”, semelhante (mas, óbvio, sem essa proporção) ao que ocorre hoje com o consórcio de jornais que faz o levantamento dos números do coronavírus.

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Colegas do Estadão, Folha, Gazeta Mercantil e outros ligavam cada um para uma ou duas das quatro montadoras (GM, Fiat, Volks e Ford) e reuníamos os números para chegar ao volume total. Isso acontecia dias, semanas após o fechamento do mês e não incluía os pequenos fabricantes.

O Renavam resolveu o problema, hoje o mercado tem um número confiável. Mas mesmo assim há algumas diferenças de informação,
dependendo da fonte: Detran, Renavan, Fenabrave, porque, embora o do Renavan seja o oficial, costumam haver alguns ajustes feitos após o  fechamento do mês, especialmente quando o mês “acaba” na sexta-feira e algum Detran licencia carros no sábado.

Foi o que aconteceu em outubro. Os números do Detran com fechamento na sexta-feira deram Caoa Chery com 4.530 unidades vendidas e a Nissan com 4.515.

A marca japonesa contestou o ranking, dizendo que os números corretos, divulgados pela Fenabrave dois dias depois, a colocam  à frente da concorrente, com diferença de apenas um carro: Nissan com 4.527 unidades e Caoa Chery com 4.526. Já o Detran indica Caoa Chery com 4.526 unidades e Nissan com 4.523.

Fora o ineditismo que representaria a Caoa Chery pela primeira vez na nova posição no ranking, não há muito o que discutir: 15 a mais, 15 amenos, ou 1 a mais ou 1 a menos, são números desprezíveis.

Proponho decretar o empate entre as duas, na nona posição, ambas com 3% de participação. E deixar o desempate para o mês que vem.


Foto: Divulgação

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