As empresas associadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, negociaram somente 1.201 veículos importados  em fevereiro, 34,9% a menos do que no mesmo mês do ano passado.

O desempenho no primeiro bimestre de 2022 foi igualmente fraco: chegaram às ruas pouco mais de 2,4 mil veículos trazidos de outros países por onze marcas, 36,8% abaixo dos licenciamentos registrados nos dois primeiros meses de 2021, já então uma fraca base, 27% menor no que em igual período de 2020, o último bimestre pré pandemia.

João Henrique de Oliveira, presidente da entidade, admite que uma projeção mais assertiva sobre o mercado brasileiro  só será possível em abril, após os números de março, historicamente balizadores para os cálculos anuais, mas ainda mais este ano, após a deflagração do ocnflito na Ucrânia em fevereiro.

“Com certeza, vamos rever nosssas projeções em abril”, afirma o dirigente, que, por enquanto, tem na planilha estimativa de crescimento marginal dos emplacamentos de importados em 2022, algo como 2% sobre os 25,4 mil registrados em  2021. De qualquer forma, Oliveira entende o setor chegou ao fundo do poço ou está muito próximo dele”.

A estabilização do real diante do dólar nas últimas semanas e o crescimento da oferta de produtos são destacados por Oliveira como fatores que devem ajudar as vendas em março. De outro lado, inflação mais elevada e maior rigidez para aprovação de financiamentos são possíveis empecilhos “a volumes de vendas maiores e que somam às possíveis consequências da guerra da Ucrânia.

O dirigente não assegura que a recente redução de IPI para veículos, em vigor desde o começo de março, possa chegar integralmente ou em parte aos preços finais dos automóveis importados pelas marcas associadas da entidade. “É uma política de cada empresa e isso está em análise em cada uma delas. Algumas estão em processo de troca de linhas e modelos, o que deve influenciar nas estratégias de preços também.”

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Porém, na quinta-feira, 3,  a Kia  anunciou a redução dos valores de todos os seus veículos vendidos no mercado interno, alguns preços caíram  até 3,74%. “Neste momento de muita pressão de custos e de forte depressão da demanda interna por veículos automotores, entendemos que o Governo Federal acertou ao reduzir a alíquota do IPI. A redução do IPI pode ser esse início de recuperação, ao lado de outras que o setor de importação de veículos pleiteia”, afirma José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil.


Foto: Divulgação
George Guimarães
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