No embalo dos bons resultados da Fenatran 2022, a Abac, Associação Brasileiras das Administradoras de Consórcio, decidiu realizar estudo específico sobre o segmento de caminhões. Dados de outubro indicam que as pessoas físicas ou autônomos representam 64,3% dos consorciados ativos, enquanto as jurídicas chegaram a 35,3% e 0,4% são relativos a cooperativas e entidades setoriais, entre outras.

A participação dos autônomos no sistema de consórcio teve expressivo crescimento de 17 pontos porcentuais em 20 meses. Pelo levantamento da Abac relativo a março de 2021, esse índide era de 47,3% ou seja, as transportadoras ou pessoas físicas dominavam os negócios na época, com fatia de 52,4%.

A opção pela modalidade, segundo a Abac, envolve planejamento para renovação de veículos ou ampliação de frotas. Os caminhões médios dominam entre as categorias mais procuradas, com 36,% das compras, seguidos pelo leves (28,3%), pesados (15,3%) e extrapesados (19,6%).

No momento da contemplação, a maioria, ou 46%, opta pela aquisição do caminhão novo e 19,9% pelo seminovo. Os demais, 34,1%, resolveram comprar outros tipos de veículos como implementos, caminhonetes, ônibus, tratores, automóveis, barcos, aviões e máquinas. No acumulado deste ano, a potencial participção das contemplações no mercado consumidor de caminhões atingiu 34,3%, índice que em 2021 foi de apenas 26,3%.

Esse crescimento de oito pontos percentuais, sesgundo o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, deixa claro que o consórcio mostra-se, cada vez mais, “uma alternativa inteligente e econômica para aquisição de veículos de carga no mercado interno”.

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A patir de dados fornecidos pelas empresas associadas, a entidade constatou aumento de 216,5% na venda de novas cotas. As adesões, que limitaram-se a 7,92 mil em março de 2021, chegaram a 25 mil em outubro passado. Em setembro houve recorde no segmento de caminhões, com total de 26,9 mil novas cotas comercializadas.

O total de participantes ativos no mercado de pesados em geral chega a 612,80 mil, dos quais dois terços, ou 408,53 mil, objetivavam basicamente a aquisição de caminhões. O outro terço de consorciados, 204,27 mil, teve por objetivo a aquisição de máquinas e implementos agrícolas.

Ao realizarem sua adesãoao consórcio, empresários de transportes e autônomos, de acordo com suas áreas de operação, optaram por créditos variando de R$ 23,62 mil a R$ 1,04 milhão, ficando a média em R$ 368,15 mil.

O levantamento da Abac indica ainda que a taxa média de administração praticada em outubro foi de 0,092% ao mês para um prazo médio de 150 meses de duração dos grupos. Os reajustes periódicos, estabelecidos nos contratos, foram de 43,8% acompanhando a tabela do fabricante, 37,5% pelo IPCA, 12,5% pelo INPC e 6,2% pelo bem de referência, que pode ser o sugerido pela montadora, ou a média de dois ou mais preços colhidos em concessionárias, entre outros.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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