O ano começou e com ele uma nova realidade no segmento de pesados com a entrada em vigor do Proconve P8 desde 1º janeiro. A mudança de fase impôs um ritmo de transição no chão das fábricas, com o aproveitamento máximo no último mês do ano passado a fim de cumprir com entregas e, no que fosse possível, providenciar algum estoque.

Sob essa programação de exceção nas atividades, a produção de caminhões em janeiro anotou queda de 72,3% em relação a dezembro, de 14,6 mil para pouco mais de 4 mil unidades. No confronto com o mesmo mês do ano passado, quando somou 9,4 mil caminhões produzido, a queda foi de 57,3%.

O mesmo comportamento seguiu nas linhas de ônibus. Em janeiro, os 782 chassis produzidos representaram retrações de 57,9% na comparação com dezembro (1,8 mil unidades) e de 41% em relação há um ano, quando a indústria montou 1,3 mil chassis.

“Em função da mudança de legislação, os volumes menores já eram esperando, com impacto maior no primeiro mês, como ocorreu nas ocasiões anteriores”, resumiu Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, durante apresentação mensal do balanço do setor, na terça-feira, 7.

O dirigente lembrou ainda que para aproveitar dezembro, a indústria adiou as habituais férias coletivas para janeiro, resultando em volumes menores. “Cabe, no entanto, dizer que o ano começa em condições melhores no que diz respeito ao fornecimento de insumos.”

Bonini aproveita e lembra que janeiro estabeleceu um marco expressivo para indústria brasileira de pesados ao acumular 5 milhões de caminhões produzidos no País desde o início da série histórica da Anfavea, em 1957.

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Foto: Volvo/Divulgação

Décio Costa
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