A Tupy, multinacional brasileira do ramo da metalurgia, e a fabricante de motores MWM, hoje pertencente ao mesmo grupo, firmaram parceria com a  a cooperativa agrícola Primato para a construção de uma usina de biogás em Ouro Verde do Oeste, PR.

Esse é o primeiro acordo estabelecido após a combinação entre as duas empresas, concluído em novembro passado e que teve como um dos principais objetivos a promoção de soluções viáveis para a descarbonização. O projeto envolve a produção de energia limpa a partir da utilização de dejetos de suínos, que serão transformados em combustível renovável a ser aplicado tanto na movimentação dos caminhões da Primato quanto para subsidiar o consumo de energia elétrica dos cooperados.

“Por meio dessa parceria será possível desenvolvermos uma solução completa para o aproveitamento dos resíduos oriundos do processo de produção na fazenda, de modo que, tanto o pequeno quanto o grande produtor rural consigam neutralizar a emissão de Gases de Efeito Estufa [GEE] gerada pelas suas atividades, obtendo, ao mesmo tempo, redução de custo operacional e aumento de produtividade”, destaca Fernando Cestari de Rizzo, CEO da Tupy.

De acordo com comunicado divulgado nesta quinta-feira, 9, o acordo – que marca a entrada da tradiconal fundição de Joinville, SC, no setor de Energia & Descarbonização – contempla também a transformação veicular da frota da cooperativa. Abrangendo de início 13 propriedades, o projeto poderá alcançar todos os cooperados ao longo dos próximos meses.

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O CEO da MWM, José Eduardo Luzzi, explica que a cadeia produtiva do biogás começará com a coleta dos rejeitos orgânicos nas propriedades rurais. “Após serem transportados para o ambiente da usina, serão tratados e, com o auxílio dos biodigestores e do sistema de filtragem e monitoramento, transformados em energia limpa e de alta qualidade para alimentar os geradores movidos a biometano produzidos pela MWM”.

Nesse contexto, o acordo também prevê que a MWM faça a transformação veicular da atual frota de motores a diesel para gás. “O mesmo caminhão que leva ração para a pecuária será abastecido com o biometano produzido na usina. Essa inovação proporcionará uma renda extra aos produtores, além de contribuir com o meio ambiente e ir ao encontro dos benefícios da economia circular, promovendo uma produção mais sustentável de alimentos”, explica Léo Sabadin, presidente da Primato.

O projeto envolve ainda a geração de biofertilizantes para substituir os fertilizantes minerais.  “Para que possamos desenvolver tecnologias como essas, é preciso investir na geração de conhecimento. Além das parcerias com universidades brasileiras, fomentando a ciência nacional, contamos com pesquisadores nas áreas de biologia, zootecnia e agronomia em nosso time”, revela Cristian Prates Malevic, diretor da MWM responsável pelo projeto.


Foto: Pixabay

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