Favorável às medidas de incentivo às vendas de veículos, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC manifestou nesta quarta-feira, 7, descontentamento com o fato de que o programa governamental não tenha contemplado a proteção ao emprego nem  mecanismos como uma linha de crédito popular.

“É muito grave um programa como esse, que conta com incentivos do governo, não ter a proteção ao emprego no setor automotivo, tanto nas montadoras quanto nas autopeças”, afirmou Wellington Messias Damasceno, diretor administrativo da entidade.

O dirigente assegura que manifestou essa preocupação em reunião no dia 25 de maio com o presidente Lula, ministros e empresários. “Reforçamos a importância de inclusão da proteção ao emprego. Nenhum representante empresarial se contrapôs à proposta, mesmo assim essa contrapartida social não foi anunciada”, lamenta.

O sindicalistas também dizem que sugeriram a criação de linha de financiamento de crédito específica. “Essa seria uma parte importante do programa e está na proposta que apresentamos ao governo para permitir que trabalhadores e trabalhadoras tenham acesso à compra de um veículo zero. Na maioria dos casos, a compra só é possível com prazos mais longos e juros mais baratos de financiamento.”

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De qualquer maneira, Damasceno afirma que o pacote governamental é bem-vindo e contemplou parte das sugestões encaminhadas pelos metalúrgicos, como maior benefício para as empresas que comprarem mais do setor de autopeças nacional, aquelas que oferecerem um produto mais acessível em termos de valor e que também leve em consideração os veículos menos poluentes.

No dia 3 de maio, diretores e o presidente do indicato, Moisés Selerges, entregaram ao presidente Lula o “Estudo Setorial Automotivo: caminhões, ônibus e automóveis”, com detalhamento do setor, diretrizes e propostas para reposicionamento da cadeia automotiva brasileira com geração de empregos.


Foto: Divulgação

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