Balanço do desempenho de vendas consolidado pela Anip, associação que representa a indústria de pneus no País, mostra mercado que segue em contínua retração.

Em julho, as vendas somaram perto de 4 milhões de unidades, volume 9,6% inferior ao de junho e 21% menor em relação ao mesmo mês do ano passado.

No acumulado dos sete primeiros meses, as entregas alcançaram 31,6 milhões de pneus, baixa de 6,1% ante as 33,6 milhões de unidades vendidas há um ano.

As baixas demandas verificadas pela indústria de veículos e pelo mercado de reposição refletem em boa medida o desempenho apresentado até o momento.

No mês passado, a indústria de pneus forneceu pouco mais de 1 milhão de unidades às montadoras, 20,7% menor em relação a julho de 2022 (1,2 milhão). No ano, a queda chegou a 2,6%, para 7,9 milhões de pneus contra 8,1 milhões enviados às linhas de montagem.

Para o mercado de reposição as vendas em julho recuaram 21,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado com 2,9 milhões de pneus entregues. No acumulado dos sete meses, o varejo absorveu 22,7 milhões de unidades ante as 25,5 milhões anotadas um ano atrás, queda de 7,2%.

No recorte por segmentos, as vendas de pneus para automóveis recuaram 22% de junho para julho, de 2,7 milhões para 2,1 milhões de unidade. No ano, a queda atingiu 6,9% com 16,3 milhões de pneus.

No mercado de pneus para comerciais leves, as entregas em julho em comparação a junho caíram 23,4% com 582,8 mil unidades. No acumulado, 4,7 milhões de pneus foram vendidos, queda de 7% sobre o mesmo período do ano passado.

Já as vendas de pneus de carga, fabricantes e reposição receberam 483,9 mil unidades em julho, volume 23,2% menor em relação a junho. Com o volume parcial, a queda acumulada alcançou 16,2%, para 3,7 milhões ante 4,5 milhões negociados há um ano.

Por fim, no segmento para motocicletas, no qual a Anip registra somente as entregas para o mercado de reposição, as vendas em julho somaram 738,6 mil pneus, baixa mensal de 5,6%. No acumulado, no entanto, as 5,7 milhões unidades absorvidas pelo varejo expressaram alta de 9,7%, o único índice positivo no balanço.

“O impacto negativo causado pelo desequilíbrio do mercado, principalmente no segmento de pneus de carga, ainda não foi superado e os resultados seguem abaixo dos registrados nos anos anteriores. Estamos vivendo um dos piores cenários da história do setor”, resume em nota Klaus Curt Müller, presidente executivo da Anip.

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Foto: E.Boumann/Pixabay

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