Apesar da queda de 17,1% em volume estimada para este ano, de 480,9 mil unidades em 2022 para 398,7 mil veículos leves e pesados, as exportações brasileiras da indústria automotiva têm desempenho positivo em dólar.

Ante os US$ 10,4 bilhões obtidos no ano passado, a estimativa é chegar a US$ 10,8 bilhões em 2023, expansão de 3,1%. A receita inclui as autopeças exportadas pelas montadoras, segmento que parece estar sendo importante em termos de ganhos nessa área.

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No caso dos veículos leves, a estimativa para o ano é de queda de 15,1% nas exportações, para 357,8 mil unidades. O subsegmento de carros cai 19,6%, para 290,8 mil vendas, e o de comerciais leves cresce 12%, para quase 67 mil unidades.

Segundo a Anfavea, houve encolhimento de mercados importantes, como Chile e Colômbia, e sensível perda de participação dos produtos brasileiros na Argentina.

O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, comenta que se os modelos brasileiros ainda tivessem a participação de 49% no mercado vizinho, como há quatro anos, a indústria aqui instalada teria enviado 95 mil unidades a mais neste ano para lá.

“O mercado argentino não caiu, o que caiu foi nossa participação, reduzida este ano a apenas 27%. Esse movimento foi decisivo na  queda de 0,5% que teremos este ano na produção brasileira de veículos. Não fosse o recuo dos negócios com a Argentina, teríamos fechado 2024 com desempenho positivo na área produtiva”.

Para 2024, a projeção da Anfavea é de exportações totais de 407 mil unidades, leve alta de 2% na comparação com 2023. O segmento de  leves cresce 2,1%, de 377 mil para 385 mil embarques, e o de pesados fica estável em 22 mil unidades. A entidade não revelou meta em dólar para o ano que vem.


Foto: Pixabay

Alzira Rodrigues
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