Diante da percepção de crescimento da economia brasileira em 2024, a Volvo trabalha com uma perspectiva de alta de 10% a 15% no mercado de caminhão acima de 16 toneladas, faixa na qual atua. Caso se concretize, as vendas de pesados e semipesados deverá encerrar o período com volume de 90 mil a 94 mil unidades, ante as 82 mil acumuladas no ano passado.

De acordo com Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo para a América Latina, algumas forças econômicas favorecem para o acerto da estimativa. As commodities seguem em alta, a queda no desemprego eleva a renda e, como consequência, aumenta o consumo e a baixa na inflação contribui para reduzir taxas de juros.

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“Mas há pontos pedem atenção. Embora se espere uma safra grande, já se sabe que será menor. Os juros, apesar da tendência de queda, ainda continuam elevados. Também os custos têm aumentado desde a pandemia e há um cenário internacional incerto sob conflitos”, resumiu Lirmann em apresentação dos resultados da fabricante em 2023 na quarta-feira, 28.

O presidente da Volvo prefere não projetar o crescimento das vendas isoladas da fabricante. A ambição, por óbvio, é de ser maior que a média do mercado. O diretor executivo da Volvo Caminhões, Alcides Cavalcanti, no entanto, dá pistas de que o desempenho será robusto. “O termômetro, neste início de ano, mostra que a demanda está aquecendo, com o transportador de volta às compras. Já temos em carteira em torno de 5 mil unidades para entregar ao longo do ano”, revela.

Cavalcanti aponta que o ano passado foi desafiador para a Volvo, muito em virtude da mudança de legislação para o Proconve P8 (Euro 6). “Terminamos 2022 praticamente sem estoque de produtos da geração anterior. E praticamente 40% das vendas de pesados e semipesados em 2023 foram de veículos Euro 5. Ainda assim, foi um ano de avanços.”

No ano passado, a Volvo emplacou 19,6 mil caminhões, 18% menor em relação a 2022. O volume, porém, garantiu 23,9% de participação no mercado acima de 16 toneladas. A empresa também, pela quinta vez consecutiva, encerrou o período na liderança das vendas de pesados ao responder por 30% dos emplacamentos na categoria, com 15,7 mil unidades.


Foto: Volvo/Divulgação

Décio Costa
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