O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, divulgou nesta quinta-feira, 7, dado importante sobre o mercado interno de veículos. A média diária atingiu 8,7 mil unidades, entre leves e pesados, a melhor para um mês de fevereiro desde 2020, ainda antes da pandemia da Covid-19 se disseminar no Brasil.

O executivo garantiu que o movimento nas lojas do consumidor comum, aquele que compra com o CPF e não o CNPJ, foi bom, mas revelou que a venda para as locadoras em fevereiro ficou bem acima da média história que é de 50 mil unidades no péríodo.

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“As montadoras entregaram perto de 70 mil unidades para as locadoras no mês passado”, disse Lima Leite, atribuindo esse movimento ao envelhecimento da frota dessas empresas ao longo da pandemia, com necessidade agora de renovação dos produtos.

Dessa forma, as locadoras contribuíram expressivamente para o aumento de 18% na média das vendas diárias do mês passado em relação ao mesmo intervalo de 2023. O volume total teve alta de 2,2%, atingindo  165,2 mil unidades licenciadas. Sobre fevereiro de 2023, a expansão é de 27,1%.

No bimestre, as vendas internas totalizaram 327 mil veículos, 10,8% a mais do que os 273 mil emplacamentos dos dois primeiros meses do ano passado.

O presidente da Anfavea lembrou que a base de comparação é baixa e que o mercado brasileiro em 2023 só reagiu a partir de junho, quando o governo lançou o então chamado programa do carro popular, que reduziu o preço dos carros de até R$ 120 mil.

Na sua avaliação, não há qualquer possibilidade de um novo programa do gênero este ano pelo fato de o mercado estar dando sinais claros de aquecimento.

Lima Leite também comentou sobre financiamento, revelando que teve pequena baixa de 29% a 30% ao ano para 24% a 24,5% no comparativo de meados do ano passado com este início de ano.

“Mas isso não se materializou em novos financiamentos porque o consumidor está na expectativa de que as taxas vão cair mais”, comentou o dirigente da Anfavea, informando que a proporção se mantém em 70% de compras a vista e somente 30% a crédito.


 

Alzira Rodrigues
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