Por Redação

A atual fase do  Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e o Caribe, o Latin NCAP, que inclui crash test lateral, tem se constituído em uma verdadeira pedra no sapato parfa a imagem dos veículos produzidos e vendidos no Brasil.  Depois do líder Chevrolet Onix, Nissan March e Peugeot 208 virem seus níveis de segurança criticados, nesta semana a sexta  série de resultados dos tgestges de 2017  fez do Ford Ka a vidraça.

Nas palavras da entidade, o compacto teve  desempenho desapontador, “rendimento particularmente baixo a respeito da proteção no impacto lateral, motivo principal da baixa qualificação de estrelas conforme protocolos de avaliação do Latin NCAP vigentes desde 2016”.

Terceiro carro mais vendido no mercado interno, neste caso o Ka não ganhou qualquer estrela  para proteção de adultos e somente  três estrelas para a proteção de crinças. Em 2015, o compacto  recebera quatro estrelas para a proteção de adultos em um impacto frontal.  Em um choque lateral, porém, não evitou “alto nível de lesões no peito do ocupante adulto, penetração profunda do pilar B no habitáculo e a abertura da porta”.

O Ka, lembra o Latin NCAP, não dispõe de dispositivos de absorção de energia de impacto lateral em sua estrutura nem no painel interior nas portas. “Levando em conta os resultados dos testes, o Ka não foi aprovado conforme a norma básica de proteção contra impactos laterais das Nações Unidas (UN95), obrigatória na Europa desde 1995”, enfatiza a entidade. A  Ford, em contrapartida, rebate com a afirmação de que o Ka “cumpre integralmente com a respectiva legislação brasileira”.

Ainda que tenha tido desempenho aceitável na proteção das crianças, o Latin NCAP critica  o fato de o Ka não ter cinto de três pontos para todos os ocupantes, qualifica a sinalização de ancoragens Isofix como deficiente e alerta para a impossibilidade de desligamento do airbag do passageiro quando se necessita instalar um sistema de retenção infantil. A porta traseira direita também abriu no teste, o que expõe os ocupantes a riscos maiores.

“Estamos surpresos de que, mais uma vez, um fabricante tão importante como a Ford venda um carro zero estrela na América Latina, que, inclusive, falharia nos testes básicos da norma de proteção contra impactos laterais da ONU. Esse resultado ruim deveria servir como uma lição para os governos de toda a região, já que alguns fabricantes ainda não conseguem proporcionar níveis mínimos de segurança “, afirma Alejandro Furas, secretário geral do entidade.

Veja o vídeo  do teste:

 


Fotos: Divulgação/Latin NCAP

 

 

 

George Guimarães
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