A três meses de completar seu primeiro ano cheio de vendas, o VW Delivery Express sinaliza que os competidores de sua faixa de atuação terão de suar para não deixar o modelo abrir vantagem isolada na liderança do mercado.

Além de contabilizar 2 mil unidades licenciadas desde que começou a chegar à rede, em junho de 2018, o veículo encerrou o primeiro trimestre na ponta, com 689 unidades negociadas, volume que, de acordo com a VWCO, representou 28% dos emplacamentos de seu segmento, identificado pela empresa por 2,4 mil vendidos.

O Delivery Express, especificado para até 3,5 toneladas, participa da categoria de comerciais leves, universo amplo e distinto, no qual se encontram desde as pequenas picapes aos furgões. Seu posicionamento, no entanto, rivaliza com opções configuradas como cabine-chassi, onde atuam modelos como Kia Bongo, Hyundai HR, Mercedes-Benz Sprinter e Iveco Daily.

Antes do surgimento do Express, os coreanos nadavam de braçada neste segmento do mercado. Baseado nos números da Fenabrave, no ano passado, por exemplo, o Hyundai HR liderou as vendas com 4,3 mil unidades, ou fatia de 33,3% de um mercado de quase 13 mil unidades, enquanto o modelo da Kia, logo atrás, encerrou o período com 19%, ao somar perto de 2,5 mil veículos.

No primeiro trimestre de 2019, o cenário se mostra completamente outro. O modelo da Hyundai acumulou 273 licenciamentos ou 11,1% do volume de mercado determinado pela VWCO e o Bongo, com 542 emplacamentos, fechou o período na vice-liderança, com 22%.

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O Delivery Express foi a principal razão do projeto que deu origem à nova linha de caminhões da marca, conforme destacado pela empresa na ocasião de sua apresentação, em setembro de 2017. “O alto investimento não justificava o desenvolvimento de um único modelo, daí o nascimento de uma nova família”, revelou, na época, Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda para a América latina.

Denominado internamente até então como projeto Phevos, a gama Delivery demandou investimento de R$ 1 bilhão ao longo de cinco de anos de desenvolvimento, com liderança da engenharia brasileira e participação dos alemães, particularmente no design.

Voltado para atender às operações de distribuição urbana de carga, o Express tem motor Cummins de 2,8 litros que gera 150 cv a 3.500 rpm e torque de 36,7 kgfm de 1.400 a 2.800 rpm. O peso bruto total (PBT) é de 3,5 toneladas com capacidade de carga útil perto de 1,5 tonelada. A oferta parte de três versões de acabamento, City, a de entrada, Trend e Prime, a mais completa, em pacote que inclui ar-condicionado, trio elétrico, controlador de velocidade, farol auxiliar e aba protetora no para-brisa.


Foto: VWCO/Divulgação

Décio Costa
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