Entregas de máquinas agrícolas e rodoviárias registraram mais um mês de declínio e devem frustrar a projeção da Anfavea de vendas de 46 mil unidades em 2019. Em novembro, o mercado absorveu 3,3 mil unidades, queda de 11,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando anotou 4,2 mil unidades negociadas.

No acumulado do ano, as vendas alcançaram 40,4 mil máquinas vendidas, volume 6,8% menor do que o registrado um ano antes, de 43,3 mil unidades.

De acordo com o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto, os fundamentos agrícolas são positivos, como preços de commodities em alta, o dólar que favorece as exportações, a maior demanda da China e nenhuma questão climática adversa.

“Falta de previsibilidade para o produtor para fazer investimento”, observa Migue Neto. “Não se sabe o que ocorrerá com o crédito a partir de fevereiro quando a linha Moderfrota será inexistente, pelo menos para médio produtor. De uma maneira geral, hoje, as linhas de financiamento não têm taxas atrativas. O produtor está inseguro, pois se aguarda complemento orçamentário para o Moderfrota ou espera o novo Plano Safra.”

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Menos dependente da Argentina, diferentemente dos veículos em geral, as exportações de máquinas registram resultados positivos. Em novembro, os mercados externos absorveram 1,1 mil unidades, alta de 5,2% com relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, os negócios experimentaram leve crescimento de 1,1%, para 11,9 mil unidades.

Apesar das exportações em alta, o mercado interno reduz fortemente o ritmo no chão de fábrica. No mês passado, saíram das linhas de montagem 4,3 mil máquinas, queda de 32,4% na comparação com novembro, quando a produção chegou a 6,4 mil unidades.

No ano até novembro, a indústria do segmento produziu 50,8 mil unidades, volume 15,4% inferior ao anotado um ano antes, de 60,1 mil máquinas.


Foto: CNH Industrial/Divulgação

Décio Costa
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