No ano passado, mais uma vez, os caminhões pesados se apresentaram como os catalizadores no processo de recuperação do mercado. Pelos números da Anfavea, enquanto as vendas totais evoluíram 33,3% sobre 2018, para 101,3 mil unidades, somente a categoria de pesados anotou alta de 48,7%, com 51,7 mil veículos, o que representou mais da metade das entregas.

Neste subsegmento, a disputa acirrada se concentra entre Mercedes-Benz, Scania e Volvo que, juntas, responderam por 41,2 mil caminhões, quase 80% dos pesados negociados no ano passado. Na contenda, porém, a Volvo se saiu melhor.

Volvo anota o maior crescimento

A fabricante de Curitiba (PR) entregou no ano passado 14,5 mil pesados. Além do volume proporcionar a liderança na categoria, com participação de 28%, as vendas avançaram 58,7% em relação a 2018. Foi a marca que que mais cresceu no subsegmento, anotando 10 pontos porcentuais acima da evolução da faixa do mercado.

O amplo trabalho de desenvolvimento em caminhões pesados para a realidade do transporte brasileiro feito pela Mercedes-Benz nos últimos anos, colocou definitivamente a marca para brigar na categoria. Se no passado não muito distante atuava como coadjuvante dentre os pesados, agora busca liderança.

A marca encerrou o período na vice-liderança do subsegmento com 14,1 mil caminhões licenciados, bem perto da Volvo, com participação de 27,3%. Mas embora também tenha anotado crescimento nas vendas de pesados, de 41,6%, o desempenho ficou abaixo do mercado da categoria.

O ano passado marcou o início das vendas da nova geração de caminhões da Scania, que começaram a ser entregues a partir de fevereiro. Ainda assim, a fabricante acumulou mais de 12,6 mil pesados licenciados, desempenho que permitiu obter fatia de 24,5% dos negócios na categoria e alta de 57,8% nas vendas.

Abaixo dos 10%

As demais fabricantes na concorrência pelo mercado de pesados, ainda se posicionam longe de oferecer qualquer ameaça à tríade do ranking. A Volkswagen Caminhões e Ônibus, o que inclui os modelos da MAN, garantiu o quarto lugar com o emplacamento de pouco mais de 5 mil pesados no ano passado ou 9,7% de participação. A DAF anotou 3,1 mil unidades, o que representou 6,2% dos licenciamentos de pesados e a Iveco, vendeu 2 mil caminhões, 3,9% do bolo.

A Ford também esteve na disputa. A marca, no entanto, já é carta fora do baralho com fim da operação de caminhões na região. Suas vendas na categoria no ano passado somaram somente 153 unidades, 0,3% de participação.

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Foto: Volvo/Divulgação

Décio Costa
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