Os funcionários da fábrica de Campinas, SP, da Mercedes-Benz do Brasil aprovaram em assembleia virtual realizada na quarta-feira, 29, e na quinta-feira, 30, proposta de suspensão de contrato de trabalho para cerca de 20% dos colaboradores ligados diretamente à produção de peças remanufaturadas e operações de logística e de redução de jornada de trabalho e de salários de até 25% para todos os mensalistas.

No caso do pessoal da área produtiva, o acordo vale por dois meses e o desconto salarial, assim como aconteceu na fábrica de São Bernardo do Campo, SP, será proporcional ao ganho do trabalhador. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, quem ganha até R$ 4 mil terá preservado 100% do rendimento líquido.

O valor será obtido por meio do pagamento do benefício emergencial de manutenção do emprego e renda definido pelo governo na medida provisória 936, na razão de 25% do seguro desemprego e de ajuda compensatória subsidiada pela empresa.

Quem recebe de R$ 4.001 a R$ 6.000 terá garantido 95% do salário líquido, índice que cai para 90% na faixa de R$ 6.001 a R$ 8.500 e para 85% se o líquido for de R$ 8.501 a R$10.000. Acima desse valor o funcionário receberá 80% do salário líquido.

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De acordo com a Mercedes-Benz, com mais esse acordo a empresa mantém o seu compromisso de evitar demissões, além de assegurar a sustentabilidade do seu negócio no mercado brasileiro. “São alternativas viáveis e que trazem mais tranquilidade a todos durante esse período extremamente desafiador”, destaca a fabricante em nota sobre o atual momento de pandemia do Covid-19.

A empesa informa ainda que o acerto de redução de jornada de trabalho de 25%  para todos os administrativos que não estejam ligados à produção, com a consequente redução salarial conforme patamar de rendimento dos empregados, valerá de maio a julho. Todos os funcionários administrativos que puderem desenvolver atividades à distância seguirão trabalhando em home office, atendendo as recomendações da OMS.


Foto: Divulgação/Mercedes-Benz

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