Com alta de 23% nas vendas para as montadoras no comparativo de agosto com julho, a indústria de autopeças manteve processo de recontratação de pessoal por dois meses consecutivos, mas diante da forte redução do quadro de mão de obra no auge da pandemia, principalmente entre abril e junho, os números do ano ainda são negativos.

“Pelo segundo mês consecutivo, os empregos na indústria de autopeças voltaram a crescer em cerca de 1% na passagem mensal, mas o cenário continua ruim em 2020, com queda de 9,5% no acumulado até agosto em relação ao mesmo período de 2019”, informa o Sindipeças em seu site da entidade, com base na pesquisa conjuntural divulgada mensalmente pela entidade.

Sem dados nominais, o estudo indica queda de 33,6% no faturamento dos primeiros oito meses de 2020, com projeção de o setor encerrar o ano com receita entre 25% e 30% inferior à conquistada em 2019.

No comparativo de agosto com julho, o faturamento líquido das empresas que compõem a base da pesquisa avançou 18,2%, índice puxado principalmente pelos negócios com as montadoras, que cresceram 23%.

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As exportações cresceram 16% em dólares em agosto sobre o mês anterior, enquanto as vendas para o mercado de reposição tiveram alta menor, de 3,5%, com o destaque, no entanto, de ter sido esse o único segmento a ter desempenho positivo, de 7,3%, em relação ao mesmo mês do ano passado.

A ociosidade no pátio fabril da amostragem da pesquisa, em agosto, voltou à patamares similares ao pré pandemia, com 66% de utilização de capacidade em agosto – entre janeiro e fevereiro esse índice estava em 69%. Em abril, esse porcentual foi de apenas 41%.


Foto: Divulgação/Meritor

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