A Foton do Brasil dá passo importante em busca de mais participação no transporte de carga no País com a introdução em sua oferta de nova geração de caminhões da marca, lançada em 2018 na China. Os veículos, montados com nova cabine da chamada família Aumark S, chegam para atender ao segmento de distribuição urbana de carga nas opões Citytruck 6.5-15, Citytruck, 9-16 e Citytruck 11-16.

As versões de 6 e 11 toneladas já estão disponíveis na rede por R$ 177 mil e R$ 199 mil, respectivamente. A de 9 tonelada, ainda sem preço definido, desembarca por aqui somente no ano que vem.

Com a chegada dos produtos, a montadora espera iniciar uma nova etapa da operação brasileira que, ao longo de dez anos, “luta para implantar a marca no País”, conforme observa Márcio Vita, CEO da Foton do Brasil. “As crises adiaram planos, mas temos apoio da matriz, que sempre se mostrou compreensiva, como também ajudamos a Foton a entender a importância do Brasil.”

Os novos modelos chegam com um pacote de conteúdo acima da média do que é encontrado nos segmentos. Trazem defletores de teto, ar-condicionado, vidros elétricos, central mutimídia com possibilidade incorporar câmera de ré e pareamento com celulares, regulagem de altura e profundidade da coluna de direção, programa eletrônico de estabilidade, luz diurna e tecla de modo de condução com vista a economia de combustível conforme condições de carga e tráfego.

O trem de força é bem conhecido pelo transportador brasileiro, composto pelo conjunto de motor Cummins ISF e transmissão ZF. No caso da versão mais leve, o motor tem 2,8 litros com 150 cv e torque de 360 Nm (36,7 kgfm) associado a câmbio de cinco marchas. As outras opções trazem o motor 3.8 que desenvolve 156 cv e torque de 500 Nm (51 kgfm) acoplado a transmissão de seis velocidades.

Inicialmente, os modelos serão importados. A Foton, no entanto, encaminha planos de ter fábrica própria em Guaíba (RS), onde já possui terreno. Por enquanto, a operação produtiva é feita em parceria com a Gefco que monta os comerciais leves da marca, na faixa de até 3,5 toneladas. “Os estudos já estão em andamento para a família Aumark S. Há vantagens de os fornecedores também aturarem no Brasil, o que reduz etapas de desenvolvimentos. Em dois anos já devemos estar produzindo”, arrisca Vita. Como também adiantou, em um próximo passo, no ano que vem, será a vez de chegar a oferta de caminhões semipesados, ferramenta para atender nichos como coleta de resíduos e distribuição de bebidas.

Em paralelo ao aumento do portfólio, a Foton segue com a expansão da rede. Somente nos últimos meses do segundo semestre, a marca aumentou presença no País com 26 casas, totalizando 36 pontos de atendimento. O crescimento expressivo se deve à migração de ex-concessionários Ford.

“Não há dúvidas da oportunidade que proporcionou o fim da operação de caminhões da Ford”, conta Ricardo Mendonça de Barros, diretor de desenvolvimento de rede da Foton. “Estão em andamento ainda negociações com outros grupos.”

Com os novos produtos e aumento capilaridade, a Foton se mostra otimista com o potencial que tem pela frente. No ano que vem, a meta é de ter pelo menos 5% de participação em cada segmento nos quais atua e contar por volta de 1,2 mil unidades vendidas. Se concretizado será um feito e tanto para marca que vendeu no acumulado de 2020 até novembro 126 unidades, de acordo com os dados da Fenabrave.

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Foto: Foton/Divulgação

Décio Costa
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