A Volvo inicia o ano com o ritmo de chão de fábrica aquecido. A empresa estima um crescimento de até 40% no mercado de caminhões acima de 16 toneladas, faixa na qual participa com semipesados e pesados. Para projeção na qual trabalha, a fabricante ampliou o quadro de funcionários na fábrica de Curitiba (PR) com 400 novos empregados temporários. As contratações elevam para 3,8 mil pessoas – incluindo todas as operações do grupo no País – das quais em torno de 2,5 mil ligadas à produção. Em março, no começo da pandemia, a companhia contava por volta de 3,7 mil colaboradores.

Embora vislumbre cenários incertos em 2021, que exigirão acompanhamento de perto, como a falta de visibilidade do plano de vacinação contra a covid-19, a questão do ajuste fiscal do País e os desafios na cadeia de suprimentos com atrasos ou desabastecimento de peças e componentes, Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina, aposta na força dos pontos positivos.

“As commodities atravessam excelente momento. No agronegócio, os grãos registraram valorização de 50% no ano passado e as primeiras previsão é de mais uma safra recorde”, observa Lirmann. “O minério de ferro está demandando muito e o cobre teve um avanço de 60%. Também a indústria e a construção se recuperam gradualmente, gerando expectativas otimistas.”

O executivo também reforça o tom positivo apoiado em uma carteira robusta de clientes e na continuidade do ciclo de investimento de R$ 1 bilhão até 2023 iniciado no ano passado. Apesar das dificuldades, especialmente pela necessidade de priorizar a segurança dos colaboradores durante a pandemia, os aportes não cessaram. Continuam focando pesquisa e desenvolvimento, produtos e serviços.”

Caso as estimativas da Volvo se consolidem, o mercado de semipesados e pesados deverá absorver ao redor de 94,3 mil caminhões. No ano passado, o faixa acima de 16 toneladas encerrou 2020 com 67,4 mil unidades, volume no qual a Volvo respondeu por 22% das vendas com 14,9 mil caminhões.

O desempenho da fabricante no ano passado anotou uma queda de 11,1% em relação a 2019, enquanto o mercado acima de 16 toneladas recuou 10%. Apesar da desaceleração, justificada especialmente pela interrupção na produção entre março e abril do ano passado, a empresa contabilizou crescimentos segmentados importantes, além preservar os negócios do Brasil como o segundo maior do grupo no mundo.

Com a linha VM, as 3,5 mil unidades negociadas em 2020 representaram alta de 24%, e com caminhões vocacionais a empresa apurou 34% a mais de entregas, para 1,8 mil unidades absorvidas pelos setores da construção, sucroalcooleiro e da mineração. De acordo com a Volvo, linha de veículos vocacionais em 2020 representou 12% do total das vendas de caminhões da marca.

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Décio Costa
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