Apesar do desempenho positivo em outubro com relação a setembro, a indústria de pneus ainda não conseguiu recuperar os números de produção da pré-pandemia. As vendas no acumulado deste ano atingiram quase 47,8 milhões de unidades, o que representou alta de 14,6% sobre os primeiros dez meses de 2020 (41,4 milhões de unidades), mas queda de 4% no comparativo com idêntico período de 2019 (48,7 milhões), antes da pandemia.

Os fabricantes de pneus não têm conseguido atender a demanda interna, a ponto de as montadoras de caminhões terem veículos parados em seus pátios por causa da falta do produto ou até mesmo estarem entregando os veículos com pneus a menos, conforme revelou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, no início do mês.

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O desempenho de outubro, com 4,9 milhões de unidades comercializadas internamente, indicou alta de 4,3% sobre o mês anterior, mas queda de 12% no comparativo com idêntico mês de 2020. As vendas para as montadoras, próximas de 1 milhão de unidades, recuaram 23%. Os negócios no mercado de reposição totalizaram 3,8 milhões de unidades, volume 9% inferior ao de outubro de 2020.

Os dados foram divulgados esta semana pela Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneus, em comunicado que destaca o crescimento de outubro sobre setembro após dois meses de quedas consecutivas. As vendas tiveram maior alta no segmento de motos (mais 11,9%), enquanto as de veículos de passeio e de carga evoluíaram 4,4%.

Com relação à balança comercial do setor, a entidade divulga crescimento de 81% nas importações no acumulado do ano, com total de US$ 938 milhões, e de 30% nas exportações, que  somaram US$ 887 milhões. O déficit, portanto, é de US$ 50,8 milhões.


Foto: Divulgação/Dunlop

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