Com aumento de 109% nas importações e de apenas 21,2% nas exportações, a  indústria de autopeças encerrou 2021 com o elevado déficit comercial de US$ 10,5 bilhões. O valor representa alta de 282% sobre 2020, ou seja, é quase quatro vezes maior do que o saldo negativo de US$ 2,7 bilhões registrado naquele ano.

O próprio Sindipeças, no relatório da balança comercial publicado em seu site nesta segunda-feira, 31, avalia que “o aumento das importações ajuda a compreender o resultado, o qual se aproximou dos déficits
verificados em 2013 e 2014, a despeito de se tratar de contextos econômicos distintos”.

Com relação à “surpreendente” alta das compras no Exterior, que totalizaram US$ 17,1 bilhões no ano passado, a entidade analisa que “questões logísticas, escassez de componentes, alteração do mix de produtos
e antecipação das compras, por conta do risco de maior desvalorização cambial, são fatores que podem estar
na raiz dessa situação”.

No que diz respeito às exportações de autopeças, que alcançaram US$ 6,6 bilhões em 2021, “a variação anual em dois dígitos está em larga medida associada ao baixo desempenho das vendas ao exterior em 2020, por causa do colapso provocado pela pandemia da covid-19”, ainda conforme o relatório do Sindipeças.

Em dezembro passado, as exportações totalizaram US$ 586,3 milhões, ao passo que as importações alcançaram
US$ 1,3 bilhão. Para as exportações, registrou-se incremento de 14,0% em relação ao mesmo mês do ano
anterior, e, nas importações, de 63,1%.

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A Argentina segue como principal comprador das autopeças brasileiras, com US$ 1,95 bilhão em 2021, seguida  dos Estados Unidos (US$ 1,19 bilhão) e do México (US$ 705,6 milhões). A China, por sua vez, é a maior fornecedora de autopeças para o Brasil. As importações do país asiátivo atingiram U# 2,74 bilhões no ano passado, o que representou alta de 85,3% sobre o ano anterior. Na sequência vêm Estados Unidos (US$ 1,96 bilhão) e Alemanha (US$ 1,8 bilhão).


 

Alzira Rodrigues
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