Após um período de resistência que buscava reverter decisão da Toyota anunciada no início de abril de fechar a fábrica de autopeças de São Bernardo do Campo, trabalhadores aprovaram em assembleia, na sexta-feira, 3, acordo negociado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Os funcionários da planta do ABC paulista poderão optar pela transferência para outra unidade industrial da empresa ou aderir ao PDV, Programa de Demissão Voluntária, tem como base 35 salários fixos com o acréscimo de mais um salário por ano trabalhado (considerando a data da saída), 12 meses de assistência médica e possibilidade de fazer cursos profissionalizantes do Senai e Senac.

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Também há benefícios para aqueles que optarem pela transferência. Eles receberão dois salários nominais (já no ato da transferência), mais 2,4 salários nominais no caso de mudança de endereço, bônus de transferência e estabilidade até novembro de 2026. Caso o trabalhador opte pelo PDV entre o sexto e sétimo mês de transferência terá direito a 75% do valor que teria sido o programa inicial.

Ainda como parte do acordo, os trabalhadores que continuarem na planta de São Bernardo até novembro de 2023, período que a empresa já havia anunciado como prazo limite para encerramento das atividades na cidade, terão direito a um bônus de permanência.

“Infelizmente a fábrica vai fechar, mas conseguimos um acordo que dá tranquilidade para os trabalhadores transferidos e que garante uma condição melhor para os que optarem por sair da fábrica”, afirmou o diretor administrativo do sindicato, Wellington Messias Damasceno, lembrando que a planta de São Bernardo, a primeira unidade da Toyota fora do Japão, acaba de completa 60 anos e conta com cerca de 550 trabalhadores.


Foto: Divulgação/Toyota

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