A notícia divulgada pela Toyota na terça-feira, 5, sobre o encerramento das atividades em São Bernardo do Campo, SP, pegou de surpresa os trabalhadores da primeira fábrica da montadora no Brasil e também a primeira da marca fora do Japão.

Já na manhã desta quarta-feira, 6, os metalúrgicos aprovaram em assembleia a entrega de um aviso de greve e o estado permanente de mobilização contra o fim das atividades produtivas da Toyota no ABC paulista. Também foi dada autorização para que a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC protocole um pedido oficial de reunião com o presidente da empresa no Brasil.

“Essa luta pode ser uma corrida de 100 metros ou uma maratona, se for uma maratona, os trabalhadores terão fôlego para enfrentar, caso necessário, vamos trazer a solidariedade de toda a categoria. Faremos o que tiver que ser feito, porque cada um aqui merece respeito, não é assim que se trata os trabalhadores”, afirmou o presidente do sindicato Moisés Selerges, informando que, como forma de protesto, houve paralisação dos três turnos ao longo desta quarta-feira.

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Logo pela manhã o sindicato já tinha soltado uma nota oficial mostrando indignação com o anúncio do fechamento antes de qualquer contato com os trabalhadores. “Espero que a empresa tenha responsabilidade e vá para a mesa de negociação. Possibilidade de permanência tem, essa é uma empresa que dá resultado, não prejuízo”, garantiu o sindicalista.

Segundo o sindicato, são 580 trabalhadores atualmente na fábrica de São Bernardo. A Toyota, ao anunciar o fechamento, garantiu que  daria oportunidade para todos eles serem transferido para as duas outras fábricas do grupo, ambas no interior paulista.


Foto: Divulgação/SMABC/Adonis Guerra

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