Com o CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, ao volante, um Virtus Cabriolet atravessou uma das alas da fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, conduzindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, até o local da cerimômia de anúncio de uma novo aporte da montadora no Brasil.

Com participação dos funcionários da empresa, sindicalistas e autoridades federais e regionais, o evento realizado na tarde desta sexta-feira, 2, serviu de palco para Lula comemorar a retomada dos investimentos na indústria em geral e, em particular, do setor automotivo.

“Não é só a Volkswagen que está anunciando novos investimentos. O setor automotivo voltou a acreditar no País e estamos falando em cerca de R$ 41 bilhões a serem aplicados pelas montadoras no Brasil”, destacou Lula.

Conforme antecipado na quinta-feira, 1, a Volkswagen adicionou R$ 9 bilhões ao ciclo de investimento de R$ 7 bilhões de 2022 a 2026, totalizando R$ 16 bilhões em período que se estenderá até 2028. São 16 lançamentos até lá, dos quais quatro modelos a serem produzidos no Brasil, incluindo híbridos flex e uma picape totalmente nova, além de novo motor e nova plataforma.

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Segundo o anunciado na cerimônia, o Virtus Cabriolet foi fabricado exclusivamente para a ocasião e irá para o acervo Garagem VW que a empresa mantém na fábrica Anchieta.

A chegada de Lula em pé dentro do veículo na ala em que foi realizado o evento lembrou visitas que também como presidente da República ele fez na mesma planta em 2003, a bordo de um Polo conversível, e em 2005, em um Fox.

Mais que isso, remeteu à foto histórica de 1959 quando o presidente Juscelino Kubitschek e o governador Carvalho Pinto desfilaram pela fábrica que estava sendo inaugurada na ocasião em um Fusca conversível com o presidente da Volkswagen no Brasil, Wilhelm Shultz-Wenk, ao volante e o presidente do grupo Volkswagen, Henrich Nordhoff no banco ao lado.

Nos dias atuais

No evento desta sexta-feira, Lula demonstrou claramente a emoção de estar num a fábrica de São Bernardo do Campo, cidade onde iniciou suas atividades sindicais que o tornaram conhecido em todo o País.

Ele comentou que nos anos 1970 apresendeu a dirigir em um Fusca 1.200, “que ia de 0 a 100 km em uma hora”,  e lembrou que seu primeiro carro foi um TL, que pertencia à frota da Volkswagen.

Durante a cerimônia de anúncio do investimento, o presidente da Volkswagen para a América do Sul, Alexander Seitz, que também estava no Virtus conversível, comemorou os acordos feitos com os quatro sindicatos das localidades onde a montadora tem produção: “São acordos que vão até 2028 e vão marcar este novo capítulo da história da marca no Brasil”.

Ciro Possobom, por sua vez, mostrou os números positivos da empresa no ano ano passado e ao longo dos 70 anos no País, enquanto Geraldo Alckmin destacou os programas do governo Lula voltados ao desenvolvimento industrial e econômico, dando ênfase ao Mover, nova fase do Rota 2030, que dá estímulos para o setor automotivo investir em descarbonização e modernidades.

Também discursaram o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moises Selerges, e o representante da comissão de fábrica da Volkswagen, Wellington Damaceno.

Sobre investimentos do setor no Brasil, importante lembrar que duas marcas chinesas confirmaram no ano passado projetos de produção no Brasil – a BYD e GWM. Além delas, Toyotam, Nissan e Renault reforçaram investimentos por aqui, a General Motors anunciou novo ciclo de R$ 7 bilhões na semana passada e a Stellantis promete divulgar novo aporte agora em fevereiro.


Foto: Divulgação/VW

 

 

Alzira Rodrigues
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