Por Redação | autoindustria@autoindustria.com.br

Enquanto no Brasil o Groupe PSA segue ainda com desempenho muito aquém do ideal, com recuo nas vendas de modelos Peugeot e Citroën da ordem de 8% no primeiro semestre, globalmente o conglomerado está em franca ascensão de volumes negociados.

No acumulado de janeiro a junho, a empresa bateu seu recorde histórico ao vender mundialmente exatos 2.181.800 veículos, crescimento de nada menos do que 38,1% sobre o primeiro semestre do ano passado. Importante, porém: lá fora o grupo reúne ainda modelos DS, Opel e Vauxhall, as duas últimas marcas incorporadas a partir de agosto de 2017.

Ainda assim, o número reforça que o recente ciclo de lançamentos de produtos, em especial de SUVs e de modelos Peugeot e Citroën, os mais representantivos em termos de unidades negociadas, tem obtido o sucesso esperado pelo CEO Carlos Tavares, que encaminha o plano estratégico PACE, que visa não só o aumento das vendas, mas sobretudo da rentabilidade de todas as operações.

Só os utilitários esportivos responderam por cerca de 28% do total negociado em todo o mundo pelo grupo no primeiro semestre, equivalentes a 609,3 mil veículos — foram 339,2 mil Peugeot,  sendo 144 mil do modelo 3008 e 58,9 mil do modelo 5008.

Tavares: treze SUVs apresentados para cinco marcas.

A  Citroën também se beneficiou dos utilitários esportivos, com lançamentos como C3 Aircross na Europa e C5 Aircross na China, que registraram cerca de 80 mil unidades vendidas no primeiro semestre de 2018 e 135 mil desde o lançamento no ano passado. A PSA entende agora que o lançamento do C4 Aircross na China e do C5 Aircross na Europa permitirá à Citroën acelerar sua ofensiva no segundo semestre de 2018.

A marca também deve colher alguns bons números no Brasil até o fim do ano. Como parte do Plano PACE, no fim de julho a fábrica de Porto Real (RJ) começa a produzir oficialmente o C4 Cactus, produto mais importante da Citroën aqui nos últimos anos e que concorrerá exatamente no segmento que mais cresce no País.

Citroën Cactus começa a ser produzido na fábrica de Porto Real no fim de julho

Já marcas Opel e Vauxhall apostam nos SUVs da chamada família X ( Crossland X, Mokka X e Grandland X), que somou  167,2 mil unidades vendidas no acumulado dos seis primeiros meses.

O crescimento global do Groupe PSA decorreu ainda de um novo recorde de vendas de renovados veículos utilitários (Peugeot Partner, Citroën Berlingo Van e Opel-Vauxhall Combo), que atingiram 289,5 mil unidades vendidas, alta de 32,8%. Mas mesmo sem considerar o ingresso dos modelos Opel eVauxhall, o crescimento foi de 8,3%.

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Apesar de Brasil e Argentina — Só na Europa, com a inclusão de 550 mil unidades Opel e Vauxhall, as vendas do Groupe PSA totalizaram 1.673.700 unidades no acumulado até junho, 61,5% a mais. A participação de mercado atingiu 17,2%, seis pontos porcentuais a mais.

Mas mesmo consideradas apenas as tradicionais marcas Peugeot, Citroën e DS , a participação de mercado progrediu nos principais mercados: França (+0,3 ponto), Espanha (+0,8 ponto), Itália (+1,1 ponto), Grã-Bretanha (+0,2 ponto) e Alemanha (+0,2 ponto).

Apesar do fraco desempenho no Brasil, principal mercado da região, e do mercado argentino em declínio nos últimos meses, a PSA fechou o semestre com evolução na América Latina. Os 98 mil veículos vendidos representam alta de 1,7% e  participação de 3,9%.


Fotos: Divulgação/PSA

George Guimarães
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