Um mês depois de sua primeira exibição pública no Salão do Automóvel de São Paulo, a CAOA Chery lançou oficialmente nesta terça-feira, 11, o utilitário esportivo Tiggo 5X no Brasil. É o quarto veículo da marca com produção nacional, ao lado do compacto QQ, de outro SUV, o Tiggo 2, e do recém-lançado sedã Arrizo 5, que começou a ser vendido este mês.

Concorrente e do porte de veículos como o Jeep Renegade ou Hyundai Creta, por exemplo, o novo modelo tem motor 1.5 turbo flex de 150 cavalos, transmissão automática de dupla embreagem e seis velocidades, e apenas duas versões de acabamento. A de entrada T, custa R$ 87 mil, enquanto a superior, TXS, sai por R$ 97 mil.

Melhor: mesmo com esses valores não deve nada — ao contrário —  aos concorrentes, seja em estilo, tecnologia e principalmente nível de conteúdo.

TIGGO 5X

O consumidor não precisa se preocupar com equipamentos opcionais. Isso porque simplesmente eles não existem. Mas tanto uma como a outra versão dispõe de conteúdos mais do que suficientes para agradar os mais seletivos consumidores de SUVS compactos, o segmento que mais cresce no Brasil.

Recursos como, por exemplo, direção elétrica, piloto automático, chave presencial, ar condicionado eletrônico, tela multimídia de 9 polegadas, câmera de ré, retrovisores externos rebatíveis automaticamente, sensor de pressão dos pneus, sistema auxiliar de partida em rampa, controles de estabilidade e de tração ou freio de estacionamento elétrico são de série desde a versão de entrada.

A opção mais cara agrega apenas ajustes elétricos do banco do motorista, teto solar, luzes externas de cortesia, rodas de liga leve de 18 polegadas, enquanto as da T é de 17 polegadas, faróis de neblina, seis air bags, contra dois na versão mais barata, e revestimento dos bancos em couro.

 

O nível do acabamento chama a atenção e começa a colocar por terra a imagem de que que carros chineses deixam algo a desejar neste quesito. Revestimentos e materiais empregados nas portas, console central e, sobretudo, no painel estão acima dos presentes em alguns dos concorrentes mais diretos. Muitas áreas são recobertas com material emborrachado, coisa ainda rara nessa faixa de mercado, por incrível que possa parecer.

Com 4.338 mm de comprimento, 1.830 mm de largura e distância entre eixos é de 2.630 mm, o Tiggo 5X tem espaço interno generoso, mesmo para os ocupantes do banco traseiro, e o porta-malas comporta 340 litros ou até 1,1 mil litros como rebatimento total do encosto do banco traseiro.

O utilitário esportivo começa a ser vendido em rede de mais de sessenta revendas em todo o País a partir deste fim de semana. Diferente dos três primeiros modelos nacionais da CAOA Chery, montados em Jacareí (SP), o novo SUV é fabricado em Anápolis (GO), onde o Grupo CAOA produz também modelos da Hyundai.

Já a partir do início do ano que vem, sairá da unidade goiana também o Tiggo 7, outro utilitário esportivo, mas maior e, claro, mais caro do que o Tiggo 5X. E até o fim de 2019, já antecipou a montadora, será a vez do Tiggo 8, o modelo topo de gama da marca e que comportará até sete passageiros

 

Para iniciar a produção do Tiggo 5X e do 7 quase simultaneamente, a empresa promoveu várias intervenções na planta goiana, agora com uma nova e mais extensa linha de montagem, e pretende ampliar o quadro de funcionários hoje da ordem 1, 4 mil pessoas —  em Jacareí a empresa  conta  547 trabalhadores, 50% a mais do que tinha no começo de 2018 e planeja contratar mais 114 já no início de 2019.

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Com essas medidas, avalia Márcio Alfonso, CEO da CAOA Chery, Anápolis já tem capacidade para produzir 30 mil veículos em um turno de trabalho. Outras 28 mil podem  sair de Jacareí, também em um turno. Para 2019, porém, a empresa projeta montar 16 mil em Goiás e outras 24 mil no interior paulista.

O número total de produção é pouca coisa acima do que a CAOA Chery espera vender no mercado interno no próximo ano. Henrique Sampaio, gerente de marketing da empresa, revela projeção de 38 mil unidades, com o Tiggo 5X respondendo por cerca de 9 mil delas e se credenciando a ser o segundo carro mais vendido da marca aqui, atrás apenas do Tiggo 2, modelo cujos preços vão de R$ 60 mil a R$ 70 mil e, por conta disso, tem potencial maior de vendas.

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Desde o início da parceria do Grupo CAOA com a Chery, no fim do ano passado, as vendas da marca estão em franca expansão. Contra as pouco mais de 3,7 mil unidades negociadas em 2017, a empresa espera encerrar este ano com algo perto de 10 mil veículos, revela Alfonso.

A participação de mercado segue no mesmo ritmo e curva ascendentes. Era de 0,16% em novembro do ano passado e superou 0,5% no último mês, índice já muito próximo dos ostentados por marcas há bem mais tempo estabelecidas no Brasil.

O otimismo da empresa vem respaldado, de acordo com o CEO, também pela ampliação da rede de concessionárias, que passou de  25 para 65 casas desde março e deve chegar a 111 pontos ao longo de 2019, e ações para aprimoramento nos serviços de pós-vendas. “Um dos principais pilares de nossa estratégia”, reforça o executivo.


Fotos: Divugação/CAOA Chery

George Guimarães
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