Pelo segundo ano consecutivo, o Volkswagen Constellation 17.280 foi o caminhão mais negociado na Argentina. Certamente, um motivo para a montadora comemorar, mas também diante do momento difícil pelo qual atravessa o maior comprador de veículos do Brasil, há razões para se lamentar.

Segundo os números de licenciamentos consolidados pela Acara, a associação que representa os concessionários locais, o modelo da VW acumulou pouco mais de 1 mil unidades, volume que representou queda de 41,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os emplacamentos do veículo somaram mais de 1,8 mil unidades.

Ainda de acordo com os dados da Acara, no total do mercado argentino de comercias pesados, o que inclui caminhões e ônibus, de 20,6 mil veículos, o Constellation 17.280 participou com 5,2%. Um ano antes, no entanto, quando as vendas dos segmentos alcançaram 26,1 mil unidades, o líder encerrou o período com 7,1%.

A queda na demanda certamente explica o recuo, afinal, enquanto os licenciamentos de comerciais pesados representaram 3% do mercado total argentino em 2017, com 26,1 mil unidades de 901 mil veículos, no ano passado a participação caiu para 2,6%, com 20,6 mil caminhões e ônibus de das vendas de 802,9 mil unidades.

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A montadora de Resende (RJ) atribui a preferência do transportador argentino pelo Constellation 17.280 às adequações pelas quais o modelo passou antes de começar a ser ofertado no país vizinho, no fim de 2016. O caminhão chega por lá em versões rígida ou cavalo-mecânico (especialmente desenvolvido para a Argentina), com cabine estendida ou leito de teto baixo. É uma ferramenta indicada para as mais variadas aplicações em ambiente urbano ou serviços rodoviários de curtas e médias distâncias.

Pela realidade do transporte de carga da Argentina, marcada por trechos curtos e basicamente sobre planícies, o motor MAN com 280 cv e torque de 107 kgfm de 1.100 a 1.700 rpm deve responder por grande parte das necessidades do transportador. O motor ainda tem tecnologia de recirculação de gases no tratamento de emissões, dispensando o uso de Arla 32 e, segundo a VWCO, contribui para reduzir gastos operacionais.

Aqui no Brasil, em sua versão 6×2, o Constellation 24.280, liderou as vendas na categoria de caminhões semipesados, com 2,9 mil unidades vendidas, 15,3% dos emplacamentos no segmento.


Foto: VWCO/Divulgação

Décio Costa
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