Com 240,5 mil veículos fabricados em março, a indústria automobilística brasileira acumulou no primeiro trimestre produção de 695,7 mil unidades, resultado praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado, quando saíram das linhas de montagem 699,7 mil, ou seja, apenas 0,6% a menos do que neste ano.
A produção de março foi 6,4% inferior à de fevereiro (257 mil veículos) e 10,1% menor do que a registrada no mesmo mês de 2018 (267,5 mil). O mês teve menos dias úteis por causa do feriado de carnaval, o que explica em parte o desempenho inferior.
Mas a queda mensal também reflete a paralisação por 42 dias da produção na Ford de São Bernardo do Campo (SP), que começou dia 19 de fevereiro, quando a montadora anunciou o encerramentos das operações no ABC, assim como a enchente na Mercedes-Benz, que deixou de produzir por um dia.
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Além desses fatores, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, também cita a acentuada retração nas exportações este ano – da ordem de 42% no trimestre, para apenas 104 mil unidades -, fruto da forte desaceleração do mercado argentino, principal comprador dos produtos brasileiros. Houve redução do quadro de emprego de 987 postos de trabalho de fevereiro para março – atualmente são 130 mil -, o que é considerado normal pelo executivo: “Faz parte dos ajustes das empresas”.
Com relação à produção, o segmento de caminhões registra alta de 1,3% no trimestre, com 24,8 mil unidades fabricadas, enquanto o de automóveis e comerciais leves tem queda de 0,5%, para 664,9 mil unidades.
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Já as vendas internas são positivas em todos os segmentos. No total foram comercializados 607,6 mil veículos nos primeiros três meses do ano, 11,4% a mais do que os 545,5 mil do mesmo período de 2018. As vendas de veículos leves cresceram 10,1%, para 581,4 mil unidades, e as de caminhões saltaram 47,7%, para 25,5 mil unidades.
Foto: Divulgação/Renault
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