O Salão de Frankfurt, maior mostra de automóveis do mundo, abrirá suas portas apenas na próxima quinta-feira (12). Mesmo assim, já dá pra saber que a edição de 2019 do evento, realizado  desde o início da década de 50, ficará marcada por dois fatos: a ausência de mais de duas dezenas de marcas e domínio marcante dos veículos eletrificados.

Frankfurt, em média, reúne mais de 800 mil visitantes ao longo de seus dez dias. Essa enorme audiência, porém, este ano estará privada de conhecer novidades de marcas importantes — mesmo europeias — como Peugeot, Citroën, Volvo e até Ferrari, além de Fiat, Jeep e Chrysler, pertencentes à FCA.

A justificativa é a mesma utilizada, por exemplo, pelo trio alemão BMW, Audi e Mercedes-Benz nos últimos anos para se ausentarem de salões nos Estados Unidos ou Ásia: redirecionamento e otimização das verbas de marketing.

A participação em todas as mostras do gênero mundo afora representa enormes investimentos para as empresas e a ideia agora é aproveitar parte dessa verba em ações próprias e estar presente apenas nos salões onde possam ser protagonistas, de fato. Ainda assim, evitando um ou outro, a depender do portfólio de lançamentos ou novidades tecnológicas.

No caso de Frankfurt, não há dúvida, as marcas locais têm mesmo o que mostrar, especialmente em híbridos e elétricos. Eles serão os grandes destaques na quase totalidade dos estandes, das marcas mais populares e de produtos de massa às premium ou até de superesportivos.

Exemplos dessa abrangência são, de um lado, o Taycan, primeiro elétrico da sofisticada Porsche, e, de outro, o Volkswagen ID3, tido pela própria montadora como um produto de importância estratégica.

A Audi já adiantou que, além de um versão SUV do A1, terá pelo menos duas marcantes apresentações eletrificadas: a station wagon RS6 com motor híbrido V8 e o IA Trail, que, segundo a empresa, é uma antevisão do veículo off-road elétrico do futuro.

O leque de novidades eletrificadas da conterrânea Mercedes-Benz será bem mais extenso. Além de apresentar um conceito de sedã totalmente elétrico, estarão expostos versão elétrica de van de passageiros com autonomia de 405 km e os híbridos plug-in hatch e sedã A250e e a minivan B250e.

A BMW exibirá, ao lado de vários lançamentos convencionais, o híbrido Vision M Next, esportivo de 600 cavalos de potência. Disputará em esportividade com o também híbrido leve Lamborghini Sian, de nada menos do que 819 cv de potência. Dados do fabricante italiano: aceleração de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e velocidade acima de 350 km/h.

Na faixa do meio, a Renault escolheu a exposição alemã para lançar a nova geração do Captur, SUV líder de seu segmento na Europa. Para não fugir às regra, o modelo também ganhará em eletrificação, além das maiores proporções.

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Para bolsos menos generosos não faltaram atrativos. O compacto Honda “e”, já apresentado como conceito, agora será exibido em sua versão de produção. Deverá chamar a atenção de potenciais consumidores do também compacto e potencial concorrente Opel Corsa-e. Outra marca que apostará nos pequeninos tecnológicos é a Hyundai, com um conceito de cupê elétrico.

Atração certa, independente da tecnologia sob o capô, será o novo Defender. Após quase sete décadas, o modelo historicamente mais rústico da Land Rover deixou de ser produzido há três anos e deve voltar ao mercado no ano que vem.

E, como qualquer outro veículo que queira ter longevidade nos mercados globais de hoje e especialmente do futuro, ele não só terá motores a diesel, como em sua primeira longa trajetória, mas também uma versão híbrida a gasolina plug-in.


Foto: Divulgação

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