A JAC certamente inicia um novo capítulo de sua história no País com aposta firme em veículos elétricos. O Grupo SHC, representante da marca no Brasil, anunciou na segunda-feira, 16, programação de lançamentos de cinco modelos movidos a bateria.

O primeiro, com entregas já a partir de setembro, responde pelo nome de iEV 40, um SUV médio baseado na carroceria do T40, que chega por R$ 153,9 mil. O modelo promete autonomia de até 300 quilômetros e traz conjunto de bateria com 40 kWh e motor que gera 115 cv e 270 Nm (27,6 kgfm de torque).

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Em janeiro do ano que vem será a vez do desembarque do compacto iEV 20. O pequeno carro, que se diferencia do J2 pelos ajustes internos que recebeu, sairá por R$ 119,9 mil, o que deverá fazer dele o elétrico mais barato do mercado brasileiro. Tem alcance de 320 quilômetros, baterias com capacidade máxima de 41 kWh e conjunto motriz com 68 cv e torque de 215 Nm (21,9 kgfm).

A picape iEV 330P, a primeira 100% elétrica em produção em série do mundo, está programada para abril de 2020 por R$ 229,9 mil. Para o utilitário, a JAC já tem encomendas de 12 unidades para a companhia de energia CPFL. A picape carrega conjunto de bateria com 67 kWh e alcance de 320 quilômetros. “A picape deverá ter demandas comerciais, mais para empresas do que para o consumidor do varejo”, adianta Sérgio Habib, presidente do Grupo SHC.

Um segundo SUV, o iEV 60, fica para julho do ano que vem por R$ 198,9 mil. O modelo, do porte de um Jeep Compass, se posicionará como o mais refinado da linha e que entregará maior autonomia, de 380 quilômetros e capacidade de 63 kWh.
Na esteira de lançamentos também está previsto o caminhão elétrico iEV 1200T para dezembro deste ano por R$ 250,9 mil. Para atuar na faixa de 6 toneladas de peso bruto total, o veículo proporcionará autonomia de 200 km. Inicialmente desembarca com endereço certo em empresa de entregas para testes. “Nas operações urbanas o veículo a diesel deve acabar devido aos custos mais altos em relação ao elétrico”, arrisca Habib.

Custos, aliás, são os maiores argumentos do representante da JAC para seduzir o consumidor pelo carro elétrico, especialmente no que diz respeito à utilização. Pelas contas do representante da marca, se comparados aos automóveis convencionais, os modelos elétricos apresentam gastos até seis vezes menores. “O carro não dá manutenção. Não há peças a serem trocadas, como filtros, correias, velas e óleo de motor. Depois, o preço da energia é muito mais barato que o do combustível fóssil.”

Em exemplo apresentado por Habib, o custo total de manunteção ao longo de 60 mil quilômetros com iEV 40 soma apenas R$ 649 e o custo quilômetro rodado sai por R$ 0,07, considerando o preço médio do kWh no País de R$ 0,55. Para rodar os 300 quilômetros de autonomia que oferece o modelo, custaria ao consumidor módicos R$ 21. “O investimento inicial é mais alto, mas para a bateria começar a degradar leva 1 milhão de quilômetros.”

Para a introdução dos elétricos, a JAC fez parceria a EDP Brasil, empresa global de energia, para instalação de infraestrutura de recarga em residências. Com o chamado Wall Box, “encher o tanque” dos veículos leva em torno de quatro horas. A estação, no entanto, acrescenta no pacote custo de R$ 8,5 mil. Há alternativa de cabo portátil para recargas na tomada doméstica convencional por R$ 4 mil, mas aí, serão necessárias pelos menos 14 horas.


Foto: Divulgação/JAC

Décio Costa
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