Para estrear na categoria de extrapesados, segmento com a maior participação nas vendas e que se mantém aquecido, apesar da crise, a Volkswagen Caminhões e Ônibus investiu R$ 1 bilhão no projeto, portanto, a maior parte do ciclo anunciado para o período de 2017 a 2021. Do valor, metade deu suporte ao desenvolvimento dos produtos, enquanto os outros R$ 500 milhões preparou a fábrica.

A jornada de colocar a nova família de caminhões no mercado seguiu o roteiro de praxe, com dezenas de protótipos, milhares quilômetros rodados sob as diversas condições de rodagem e carga, além dos testes em operações reais, nas mãos dos clientes. Mas o lançamento dos Meteor trouxe outros desafios, como a nacionalização de componentes, em especial o motor, de tecnologia alemã.

Para isso, a empresa se valeu de experiência anterior quando, em 2012, passou a produzir aqui o motor MAN D08, de quatro e seis cilindros, em linha dedicada nas instalações da MWM, no bairro paulistano de Santo Amaro. Da mesma maneira, o motor D26 de 13 litros escolhido para equipar os novos caminhões, sairão de São Paulo para a fábrica de Resende (RJ). A operação representa a primeira linha de produção desse motor fora da Europa.

No processo de nacionalização, a engenharia brasileira fez intervenções em mais de 130 componentes, desde modificações a localizações de componentes do motor, como bloco, cabeçotes e sistema de injeção. “O motor é produzido e adaptado para às condições brasileiras”, resume Leandro Siqueira, vice-presidente de planejamento de produto, estratégia corporativa e digitalização da VWCO.

Na fábrica o investimento providenciou novos processos, recursos da Indústria 4.0 e a construção de prédio exclusivo com 4,5 mil m² para o acabamento das cabines dos Meteor. Pela primeira vez a empresa também emprega o uso de AGVs na linha e dos 70 robôs da unidade fabril, um terço deles é dedicado à produção da nova família de caminhões.

Na outra ponta do processo de lançamento, a VWCO também anuncia investimento de R$ 1,3 milhão o Centro de Distribuição de Peças de Vinhedo (SP), armazém que a marca compartilha com as outras operações do Grupo Volkswagen no País. O valor será aplicado na ampliação da área a qual a marca tem direito, de 32 mil² para 36 mil m².

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Foto: VWCO/Divulgação

Décio Costa
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